A Fundação Brigitte Bardot comunicou, nesta quinta-feira, o falecimento da atriz e cantora Brigitte Bardot, aos 90 anos. A organização, fundada pela própria artista para a defesa dos direitos animais, não divulgou detalhes sobre o horário ou a causa da morte. Bardot residia na França, país onde consolidou sua trajetória pública.
Nascida em Paris, em 1934, Bardot iniciou sua vida profissional como modelo antes de ingressar no cinema. Sua projeção internacional ocorreu na década de 1950, impulsionada pelo filme E Deus Criou a Mulher (1956). A produção é apontada por historiadores do cinema como um marco na representação da liberdade feminina e do comportamento social da época.
Na filmografia de Bardot constam colaborações com diretores relevantes, como Jean-Luc Godard em O Desprezo (1963). Outras participações de destaque incluem os filmes A Verdade (1960) e Viva Maria! (1965). No campo musical, a artista registrou em 1967 a primeira versão da canção Je t’aime moi non plus, composta por Serge Gainsbourg.
Na década de 1970, no auge da visibilidade profissional, Brigitte Bardot optou por encerrar sua atuação no cinema. Desde então, voltou seus esforços exclusivamente para a causa animal. Em 1986, estabeleceu a fundação que leva seu nome, tornando-se uma voz ativa em campanhas internacionais de preservação de espécies e contra maus-tratos.
A influência de Bardot estendeu-se além das telas, atingindo setores como a moda, música e o comportamento. O falecimento da ex-atriz encerra um ciclo de décadas de presença pública, marcada pela transição da indústria do entretenimento para o trabalho filantrópico na Europa.


