Tarcísio atuou no STF para tentar reverter prisão preventiva de Bolsonaro a domiciliar

Tarcísio afirmou que concederia indulto a Bolsonaro, caso eleito presidente - Foto: Alan Santos/PR
Foto: Alan Santos/PR

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), atuou no Supremo Tribunal Federal no sábado (22), dia em que Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente, para tentar reconduzir o ex-presidente ao regime de prisão domiciliar. As informações foram reveladas pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Segundo o colunista, Tarcísio manteve ao menos uma conversa com o ministro Gilmar Mendes, na qual argumentou que Bolsonaro não tinha intenção de fugir.

A interlocução ocorreu horas após a Polícia Federal apontar tentativa de violação da tornozeleira eletrônica por Bolsonaro. Mesmo assim, segundo Lauro Jardim, o governador buscou convencer ministros de que o episódio não caracterizaria risco de evasão. Nas próximas semanas, Tarcísio pretende visitar o ex-presidente na Superintendência da PF em Brasília e vai requerer inclusão no rol de visitantes. A visita dos dois já estava prevista para 10 de dezembro, quando Bolsonaro ainda cumpria prisão domiciliar.

Aliados do governador afirmam que a conversa com Bolsonaro deve incluir temas de saúde e o cenário político de 2026, sem tratativas diretas sobre planos eleitorais pessoais. Embora seja o nome mais cotado do bolsonarismo para a disputa presidencial, Tarcísio mantém o discurso de que buscará a reeleição em São Paulo, enquanto aguarda definição interna e o aval do ex-presidente. Segundo parlamentares próximos, o governador seguirá com os “pés nas duas canoas”, monitorando pesquisas nacionais diariamente e evitando movimentos antecipados.

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Ainda no sábado, informa o blog da coluna de Malu Gaspar, também do O Globo, aliados de Bolsonaro procuraram ministros do STF para tentar atenuar o impacto da violação da tornozeleira. Eles afirmaram que o ex-presidente não tentou fugir e atribuíram sua ação a um possível surto provocado pelo uso de medicamentos. Segundo Malu Gaspar, um ministro classificou a situação como “bizarra”.

Em evento realizado na segunda-feira (24), em São Paulo, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também comentou o episódio envolvendo a tornozeleira eletrônica. “Vejo aquilo como uma situação extrema ali pelo que ele está vivendo. Mas que, hora alguma, e nós temos que deixar claro isso, ele tentou fugir. Até me parece um excesso. Você está em prisão domiciliar com pessoas vigiando a sua casa e ainda tem de colocar uma tornozeleira eletrônica”, declarou.

Antes da decisão de Alexandre de Moraes pela prisão preventiva, aliados de Bolsonaro acreditavam que a ordem para o início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses — referente à condenação por articular uma tentativa de golpe de Estado em 2023 — seria expedida entre segunda e quinta-feira. O comportamento do ex-presidente no último fim de semana, no entanto, levou Moraes a entender que havia risco concreto de fuga, justificando a mudança de plano e o envio imediato ao regime fechado na PF em Brasília.

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