João Pessoa se firma como novo polo de aposentados e movimenta mercado imobiliário especializado

Capital paraibana atrai migrantes em busca de qualidade de vida e inspira incorporadoras a planejarem empreendimentos adaptados para o público 60+, enquanto cresce a compra de imóveis também como investimento.

Foto: Reprodução

João Pessoa vem se consolidando cada vez mais como um dos destinos preferidos de aposentados brasileiros. Segundo um levantamento da consultoria Seniors Housing, divulgado pelo portal G1, a migração de aposentados para cidades do Nordeste cresce de forma contínua, impulsionada pelo custo de vida mais baixo, segurança e melhor qualidade ambiental. 

De acordo com o corretor e consultor imobiliário Fabrício Marsicano Fagundes, o fluxo para a Paraíba não se limita aos já aposentados: muitos começam a comprar imóveis anos antes da aposentadoria, para garantir moradia na capital paraibana no momento da mudança.

Ele destaca que João Pessoa mantém um “ar de cidade pequena”, mesmo com avanços urbanos, o que se tornou um dos principais atrativos para esse público. Além disso, bairros como Altiplano, Cabo Branco, Tambaú, Bessa e Manaíra são os preferidos por oferecerem bom clima, áreas tranquilas e segurança reforçada.

Embora ainda não existam empreendimentos totalmente dedicados a esse público específico, Fabrício afirma que as incorporadoras já estudam projetos específicos para esse segmento, acompanhando uma tendência que cresce mais rapidamente em estados como São Paulo.

Ele aponta que o perfil desse cliente orienta mudanças importantes nos novos prédios como acessibilidade ampliada e áreas de convivência, elevadores tipo maca, que facilitam o transporte de idosos em situações de emergência, ofertas de serviços e facilidades internas, como recepção e espaços multifuncionais.

Outro fenômeno citado pelo corretor é que os aposentados não estão buscando apenas imóveis para morar. Há um aumento significativo na compra de unidades menores, flats e apartamentos compactos, destinadas a gerar renda extra via aluguel ou temporada.

“Ampliou o leque de atuação. O aposentado compra para morar, mas também para investir e garantir renda”, explica Fabrício.

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