A Polícia Civil concluiu nesta quarta-feira (12) o inquérito sobre a morte de Arthur Davi, um menino de 11 anos de idade que foi encontrado sem vida enterrado em um matagal na Zona Sul de João Pessoa. De acordo com as investigações, a criança foi assassinada pelo seu próprio genitor, Davi Piazza, que agiu sozinho e de forma premeditada.
A apuração da Polícia Civil estabeleceu que o pai viajou de Santa Catarina para a Paraíba com o objetivo predeterminado de assassinar o filho, que possuía transtorno do espectro autista e deficiência visual. A comprovação da premeditação foi sustentada por provas técnicas, como exames periciais, rastreamento de deslocamento e análise de imagens de segurança.
O laudo do IPC (Instituto de Polícia Científica) concluiu a morte de Arthur Davi por asfixia. Após assassinar o filho, Davi Piazza ainda tentou ocultar o corpo da criança. Câmeras de segurança registraram o momento em que o homem levava o corpo do menino, já sem vida, enrolado em redes e lençois, até entrar em um carro de aplicativo.
Após o transporte, Piazza seguiu para a Perimetral Sul e enterrou a criança em uma cova rasa em uma área isolada. O corpo foi encontrado na manhã do dia 2 de novembro, dentro de um saco plástico e em posição fetal. O motorista do aplicativo, que levou o pai e o corpo de Arthur Davi, prestou depoimento à polícia e afirmou não ter percebido nada de estranho ou suspeito durante a corrida.
Outras imagens de segurança registraram Piazza entrando em um veículo de aplicativo logo após ocultar o corpo da criança e, posteriormente, retornando ao apartamento para recolher pertences antes de fugir para Florianópolis (SC). Piazza se entregou à polícia e confessou o crime na capital catarinense.
Durante o depoimento, ele justificou o assassinato alegando que queria “se livrar de um peso”, referindo-se ao encargo da pensão alimentícia. Com a conclusão do inquérito, a Justiça será responsável por deliberar sobre a necessidade de transferência da jurisdição do caso.