Pequenos empreendedores são barrados de acesso a crédito por conta da burocracia, mostram dados; confira alternativa de linhas facilitadoras

A dificuldade de acesso ao crédito atinge a maioria dos MEIs, com dois a cada três pedidos negados, segundo o Sebrae. O BNB tenta reverter o cenário com linhas de crédito prioritárias (FNE) com juros subsidiados, mas a burocracia ainda é um desafio.

(Foto: Reprodução)

A difuculdade do acesso ao crédito é uma das maiores queixas do Microempreendedor Individual (MEI). De acordo com pesqusia do Sebrae, divulgada neste ano, a maioria dos MEIs que solicitaram crédito a instituições financeiras tiveram o pedido negado. Nos últimos 12 meses, 31% dos microempreendedores buscaram crédito, e dois a cada três pedidos foram negados.

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Essa impossibilidade de acesso torna-se um gargalo para manter e expandir negócios de pequeno porte, como através da dificuldade de comprar novos equipamentos e mercadorias.

O cenário também se expande para os Microempreendedores (MEs), que apenas se diferem dos MEIs pelo faturamento máximo permitido e pelas regras tributárias e fiscais impostas.

Parcerias do governo federal com instituições privadas buscam reverter esse impasse ao colocarem MEs como prioridade no acesso ao crédito. Como exemplo há as linhas de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), do Banco do Nordeste (BNB).

Crédito prioritário

O tratamento de “porte prioritário” é dado pelo BNB às micro e pequenas empresas, assegurando condições de crédito mais vantajosas, incluindo a isenção de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e acesso a capital de giro com taxas de juros subsidiadas.

“Se a empresa for constituída e o seu faturamento se enquadrar como micro e pequena empresa, a gente vai dar um tratamento como empresa de porte prioritário, que tem inclusive direito à capital de giro pela fonte FNE, que é a nossa fonte mais competente repetitiva que tem taxas de juros subsidiadas, inclusive que nem IOF cobra”, explicou Frederico Cavalcante Moura, gerente da agência do BNB em Santa Rita, em entrevista exclusiva ao Portal WSCOM.

Frederico Cavalcante Moura, gerente da agência do BNB em Santa Rita (Foto: Lara Ribeiro)

De acordo com o gerente, o crédito é designado de acordo com o tamanho da empresa e a modalidade em que ela atual seja restaurante, pousadas, loja de roupas ou outros segmentos.

Barreiras

Ações como essa fazem parte de um conjunto de soluções necessárias para incentivar o crescimento de pequenos negócios. Ainda assim há um outro “gap” que atinge tanto os empreendedores quanto as instituições financeiras: a burocracia.

Ainda de acordo com o Sebrae, o excesso de exigências é uma das travas para o crescimento dessas empresas. Por outro lado, os bancos justificam a necessidade da burocracia como mecanismo de segurança interna para que as instituições não fechem contratos que podem acabar em prejuízo.

“Existe toda uma questão normativa. Existe, inclusive, uma resolução nova do Banco Central, que é a 4966 – que é um pouco mais voltada para a questão do risco que cada operação de maneira um risco iminente de cada tipo de operação”, explicou o gerente do BNB.

Segundo Frederico, se a empresa do cliente tiver restrições cadastrais, comerciais e/ou bancárias, ela fica impossibilitada de fazer uma série de operações.

A superação dessa barreira documental e normativa é um passo crucial para que os empreendedores consigam melhores condições de crédito e deem um passo além na saúde financeira das empresas.

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