A cachaça é a bebida que representa o Brasil mundo afora. Com mais de 500 anos de história, o destilado está presente em diversos drinks e comidas que vão desde o popular até a alta gastronomia. E a Paraíba, estado que é referência nacional da produção da bebida, também é palco de um dos maiores eventos do setor: o Brasil Cachaças.
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A edição de 2025, que aconteceu do dia 22 a 25 de outubro, contou com a presença de produtores de 14 estados brasileiros, com cerca de 80 expositores no total – 24 deles sendo paraibanos. Além disso, o evento também abriu espaço para que empresas, associações nacionais e universidades iniciarem diálogos diretos com produtores e consumidores.
Comercialização direta
Com a ascensão da digitalização, o e-commerce passou a ser a primeira opção para muitos coonsumidores na hora da compra. No entanto, para um produto rico em valores sensoriais como a cachaça, o contato direto com o produto é uma das formas de venda mais efetivas.
“[Nós temos a] comercialização ao público direto, onde o produtor que tá aqui oferecendo as informações, a história, os valores históricos, culturais, sensoriais da cachaça e a oportunidade deles comprar a cachaça de Alambique – uma cachaça pura, uma cachaça produzida com certificação e de procedência. Ainda mais agora no período em que estamos vivendo com metanol invadindo os copos”, detalhou Fernanda Melo, organizadora do Brasil Cachaças.

Fernanda Melo, organizadora do Brasil Cachaças (Foto: Portal WSCOM)
Apoio para expositores
Além da venda, o evento também proporciona oportunidades de mercado para os expositores com o apoio de iniciativas como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) – que promove a exportação de produtos nacionais –, a Associação Nacional de Cachaça de Alambique (ANPAQ) e o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC).
“Nós temos aqui as associações nacionais ANPAQ e IBRAC também que é responsável por muita coisa, é, muita articulação e capacidade Nós temos as universidades que estão aqui dentro também trazendo conhecimento e experiências, resultados e pesquisas do setor da cachaça”, disse a organizadora.
Leque de oportunidades econômicas
Em 2024, apenas a região Nordeste gerou 2.543 empregos diretos ligados à fabricação de cachaças, de acordo com o Novo Caged/MTE. A força do setor também encontra-se no turismo com visitas a alambiques e a engenhos.
“Você ter essa experiência toda e ainda conhecer a história, os valores sensoriais e conhecer também o local onde ela [a cachaça] é produzida. Você tem a oportunidade de oportunidade deconhecer muitos engenhos de produção ou alambiques – como é chamado em outros estados – e tem a oportunidade de agendar a sua visita, de fazer esse turismo que é a atividade que também difunde a cultura de um povo. E a cachaça precisa ser difundida enquanto cultura”, concluiu Fernanda.