BRASIL 247 – A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) revelou que a maioria da população brasileira é contrária à redução das penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
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De acordo com o levantamento, publicado pelo g1, 52% dos entrevistados afirmaram que as condenações foram proporcionais e não devem ser alteradas. Por outro lado, 37% disseram acreditar que as punições foram severas demais e deveriam ser diminuídas, enquanto 11% não souberam ou preferiram não responder.
Posição sobre anistia e impacto político
Além do tema da dosimetria das penas, a pesquisa também investigou a opinião pública sobre a possibilidade de anistia a Jair Bolsonaro (PL) e a outros condenados. O resultado mostra que 47% dos brasileiros seguem contrários a essa medida, reforçando a resistência da maioria em flexibilizar as punições impostas.
Outro ponto de destaque é o reflexo direto na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após nove meses de vantagem da aprovação sobre a desaprovação, o cenário voltou a um empate técnico, indicando maior polarização na percepção popular sobre a gestão federal.
Detalhamento da pergunta aplicada
A questão apresentada pela Quaest buscava medir a reação ao projeto alternativo à anistia, que propõe apenas a redução das penas dos condenados:
Contra, porque as penas foram justas: 52%
A favor, porque as penas foram muito duras: 37%
Não souberam ou não responderam: 11%
Contexto nacional
O debate sobre punições aos envolvidos nos atos antidemocráticos segue no centro das discussões políticas em Brasília. A pesquisa reforça que, embora exista uma parcela expressiva da população favorável a uma flexibilização, a maioria ainda entende que as penas aplicadas pela Justiça foram adequadas diante da gravidade dos crimes cometidos.