BRASIL 247 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mantém sua longa ambição de conquistar o Prêmio Nobel da Paz, uma das mais prestigiadas distinções internacionais. No entanto, segundo reportagem publicada pelo The Washington Post nesta segunda-feira (25), o caminho até a honraria está distante de ser tranquilo. Ao contrário de uma campanha presidencial, em que milhões de votos são disputados, o Nobel depende apenas da decisão de cinco integrantes do Comitê Norueguês, e ao menos três deles já se manifestaram publicamente contra Trump.
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De acordo com o jornal norte-americano, a oposição aberta dentro do comitê torna incerta qualquer possibilidade de vitória do presidente. As declarações críticas dos jurados indicam que a maioria resiste à ideia de conceder a Trump um lugar no seleto grupo de laureados com o Nobel da Paz, prêmio que historicamente reconhece esforços globais de pacificação, diálogo e cooperação internacional.
A obsessão de Trump pelo Nobel
Trump já havia dado diversas demonstrações de interesse em se juntar ao restrito círculo de líderes mundiais agraciados pelo prêmio. Sua busca pela legitimidade internacional através do Nobel é vista como parte de uma estratégia pessoal de reconhecimento e de reforço de sua imagem política no cenário global.
No entanto, o Washington Post destaca que, embora Trump tenha buscado promover acordos internacionais e apresentar iniciativas que pudessem ser interpretadas como passos rumo à paz, sua postura beligerante em diferentes arenas políticas, bem como sua retórica agressiva, minam o discurso de pacificação exigido pelo prêmio.
Resistência dentro do comitê
O Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco membros escolhidos pelo Parlamento da Noruega, tem papel crucial na definição dos laureados. A reportagem aponta que pelo menos três desses integrantes já criticaram publicamente Trump, revelando uma resistência sólida dentro do grupo. Sem uma maioria favorável, suas chances de vitória ficam fortemente comprometidas.
Caso Trump viesse a conquistar o Nobel, o prêmio teria peso simbólico considerável, reforçando sua posição de presidente em busca de protagonismo internacional. Entretanto, as críticas já manifestadas pelos jurados mostram que a possibilidade de tal desfecho parece cada vez mais improvável.
A reportagem do Washington Post conclui que, embora Trump continue a insistir em sua ambição, o desejo de se tornar laureado com o Prêmio Nobel da Paz esbarra diretamente no julgamento de um comitê que não compartilha da mesma visão sobre sua contribuição para a paz mundial.