O governador João Azevêdo (PSB) apresentou, nesta segunda-feira (29), no programa especial de final de ano do Conversa com o Governador, um balanço das principais ações da gestão desde 2019 e anunciou entregas previstas até 2026, com destaque para as adutoras do Curimataú e do Cariri, além de novos hospitais e a expansão de centros de hemodiálise em todas as regiões do estado.
Saúde
Ao comentar a condução do governo, João afirmou que a gestão priorizou planejamento, resultados e a ampliação de serviços digitais, citando o “cuidado com as pessoas” como eixo. Na área da saúde, ele declarou investimentos acima do mínimo constitucional. “Além desse valor, o Estado investe mais R$ 900 milhões em saúde, chegando a R$ 3,4 milhões/ ano para suprir a demanda, inclusive dos serviços de saúde municipais”, explicou o socialista.
O governador também usou o tema das cirurgias eletivas para exemplificar mudanças no sistema. “Quando cheguei, em 2019, ao Governo do Estado, havia uma coisa que se dizia que era impossível de resolver, que se chamava cirurgias eletivas. Eu caminhava pela Paraíba, encontrei pessoas que diziam, que esperavam 8 a 10 anos por uma cirurgia”, afirmou.
Segundo ele, a gestão levantou filas e ampliou mutirões, chegando ao volume de procedimentos. “E o resultado é que realizamos 210 mil cirurgias na Paraíba para poder acabar com a fila. Aí você vai dizer assim, zerou tudo? Não, você não zera nunca, porque todo dia tem gente precisando de novas cirurgias. Mas você não tem mais 10 anos de espera, você tem às vezes 30, 60, 90 dias esperando uma cirurgia, que nem plano de saúde privado faz uma cirurgia com menos de 90, às vezes até 120 dias. A gente conseguiu, efetivamente, reduzir e acabar esse tempo de espera”, disse.
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Na rede de hemodiálise, o gestor afirmou que o estado deve chegar a dez centros até o fim de 2026, após a ampliação de UTIs em hospitais regionais. “Tínhamos um desafio enorme porque só é possível colocar centros de hemodiálises em hospitais que tenham UTI. E a gente foi colocando UTI nos hospitais regionais para poder ter mais centros de hemodiálises. Em 2019 tínhamos apenas 3, mas vamos deixar agora em 2026 a Paraíba com no mínimo 10 centros de hemodiálise. Isso é mais do que triplicar o número de hemodiálises realizados pelo estado”, declarou.
Ainda na saúde, ele citou unidades hospitalares entregues e previstas. “Também entregamos o Hospital da Mulher de João Pessoa, que era uma antiga promessa de campanha de outros governos, e vamos entregar o Hospital da Mulher de Campina Grande, será o maior hospital público, com mais de 300 leitos, além do Hospital da Mulher do Sertão em Sousa e um Hospital de Trauma em Patos fortalecendo a rede hospitalar de média e alta complexidade que hoje conta com o suporte de três UTIs aéreas”, acrescentou.
Recursos hídricos
No campo dos recursos hídricos, o governador apontou as adutoras do Curimataú e do Cariri, que somam 710 km de tubulação e utilizam águas do Rio São Francisco para abastecer 45 municípios. Ele afirmou que a estação de tratamento em Boqueirão está pronta e que a adutora do Curimataú já leva água tratada para cidades como Cubati e Sossego, com previsão de chegar a Cuité. Sobre a adutora do Cariri, disse que metade da extensão prevista já teve tubulação instalada e indicou etapa de integração por trechos. “A nossa expectativa, agora em fevereiro, é que a gente já coloque água nos municípios de Ouro Velho e Prata, porque à medida que a adutora vai ficando pronta, a gente vai integrando ao sistema de abastecimento e as obras continuam para atender novas regiões”, garantiu.
Segurança pública
Na Segurança Pública, João citou queda em indicadores e comparativos regionais. “A Paraíba é considerada a segunda melhor segurança pública do Nordeste (CLP) e foi a primeira nos últimos 5 anos”. Ele também apontou índices de elucidação e a política de tecnologia e inteligência. “A Paraíba é um dos estados do Brasil que tem o maior percentual de elucidação de casos. Tem o óbito, mas a gente tem 66% de elucidação. E desses 66%, 50% se chega até a prisão do responsável. Isso é fruto de investimento em pessoas, fruto de investimento em equipamentos, inteligência, muita tecnologia. Se você for nos três centros integrados de controle e comando você vai ver o que há de mais moderno em termos de tecnologia, disposição do cidadão e da cidadã”, avaliou.
Turismo
No turismo, apontou aumento no fluxo de passageiros e investimentos privados no Polo Turístico Cabo Branco. “Saímos de 1,3 milhão para 1,8 milhão de passageiros chegando aos nossos aeroportos. Isso é avaliação da Embratur”, disse. Ele ainda citou geração de empregos com carteira assinada a partir de números do Caged e retomou a projeção de novos leitos de hotelaria e empregos no setor. “São essas coisas que nos orgulham, para a gente bater no peito, em alto e bom som, e dizer como é bom ser paraibano”, concluiu.
Reconhecimento
Ao ampliar o balanço, o governador afirmou que a Paraíba “hoje dá orgulho” e voltou a sustentar a defesa da gestão com base em avaliações externas, citando mudanças no atendimento ao cidadão e a modernização administrativa. “Eu cheguei no estado e você ia a uma repartição pública apenas para marcar o dia em que seria atendido. Muitas vezes, voltava quinze dias depois só para conseguir um agendamento. Era desse nível”, afirmou. “Nós acabamos com isso. Avançamos. Claro que não está tudo resolvido, longe disso”, completou.
Segundo ele, a comparação entre 2019 e o cenário atual sustenta o discurso de transformação. “A Paraíba que recebi em janeiro de 2019 era muito pior do que a Paraíba que nós temos hoje. A Paraíba hoje nos orgulha”, declarou. “Quando a gente faz autoavaliação, pode ser tendencioso. Mas aqui são avaliações dos outros”, frisou.
Entre os dados citados no programa, o governador mencionou o Índice de Progresso Social (IPS Brasil), a nota máxima de capacidade de pagamento atribuída pela Secretaria do Tesouro Nacional por cinco anos consecutivos, além de rankings do Centro de Liderança Pública (CLP) e de liberdade econômica.
