NO “PEDRA DO REINO”

Um concerto soberano unindo o cancioneiro popular ao erudito em torno de Chico César

Faz tempo o PRIMA – Programa de Inclusão através da Música e das Artes – da Paraíba, instrui de forma capaz gerações de adolescentes paraibanos do Litoral ao Sertão, inclusive de Pedregal, terra de Juliette Freire, como se deu em noite espetacular no Teatro Pedra do Reino, segunda-feira, 22, em Concerto reunindo os jovens músicos e coralistas em torno do repertório popular de Chico César.

Sem tirar nem por, o Concerto reproduziu uma noite de encantamentos diante das peças eruditas apresentadas pela Orquestra em fase de abertura, com os jovens 220 musicistas, entre eles Jorge, e 60 coralistas comemorando 13 anos do programa extraordinário em performance memorável.

É preciso fazer um registro oportuno: tudo acontecendo sob regência do maestro Rainere Travassos.

A FASE ATUAL DE CHICO CÉSAR

Quem acompanha a Música Popular Brasileira das últimas décadas invariavelmente tem de inserir no contexto a genialidade musical de Chico César na sua contemplação do repertório de poesias e ritmos agradáveis sem se afastar da leitura crítica do seu olhar catolaico.

Em tempos de absurda e inacreditável crise ideológica por conta de uma propaganda das sandálias havaianas, Chico até rememorou que sua obra “Negão / Mand’ela” em que se refere as tais sandálias é fruto muito anterior à efeméride. E assim sem se importar fez muita gente dançar.

REPERTÓRIO DIGNIFICANTE

Chico César sabe vadiar por várias frentes rítmicas e conceituais, atraindo o agrado popular por sua narrativa e beleza estética, como se deu apresentando “Pensar em você”, “Estado de Poesia”, “Palavra Mágica” ou “À Primeira Vista” – um dos seus primeiros sucessos do CD “Aos Vivos”.

Mas, o fato é que mesmo sua obra constando de abordagens críticas contundentes, a exemplo de “Pedrada” não constante no repertório do Concerto de 2⁠ª, Chico César é versátil o suficiente para reverberar com encanto dançante “Mama África/Brilho Beleza/ Para não dizer que não falei de flores”, da mesma forma o carimbó ao lado de Zeca Baleiro “Pedra de Responsa”.

Por fim, registre – se duas belas canções – “Paraíba Meu Amor” gravada com o timbre de voz inconfundível do menestrel Flávio José, e o hit “Deus me proteja”, invariavelmente a atrair ao inconsciente a atitude política de Juliette de se defender no Big Brother construindo grande sucesso popular.

PRESENÇAS ILUSTRES

Com Teatro superlotado, deu para anotar as presenças do governador João Azevedo e sua esposa Ana, Secretário de Cultura, Pedro Santos, Secretário Hiper, Deusdeth Queiroga, Milton Dornelas – presidente do PRIMA e sua Maúde, entre muita gente VIP, a exemplo do chefe de gabinete do MRI, diplomata Marcelo Costa e esposa, bem como de sua mãe, Ceicinha.

Em síntese, o Concerto teve caráter histórico definitivo como um dos melhores espetáculos de 2025 em solo paraibano.

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“O olho que existe/ é o que vê”

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