Sementes do Futuro: evento promove debate sobre uso de Inteligência Artificial e novos rumos da produção artística

Debate sobre uso da IA na produção artística reuniu público no Sementes do Futuro - Foto: Gabriel Januário/Portal WSCOM
Debate sobre uso da IA na produção artística reuniu público no Sementes do Futuro - Foto: Gabriel Januário/Portal WSCOM

Aconteceu em João Pessoa na manhã deste sábado (13) o evento Sementes do Futuro, realizado pela área científica do Portal WSCOM, o debate promoveu uma importante discussão sobre os efeitos do uso da Inteligência Artificial Generativa nas artes e na música. O produtor musical Wilson Souto Jr. e os professores doutores Guido Lemos Filho e Carlos Eduardo Bidu, da Universidade Federal da Paraíba, foram as atrações do encontro.

O professor doutor, Marcílio Onofre, professor do Departamento de Música e coordenador do Laboratório de Composição Musical da UFPB, esteve presente no evento e exaltou a importância da iniciativa do Portal WSCOM ao produzir a discussão sobre o uso da IA nas artes com o Sementes do Futuro. “Esse é um evento necessário. Foi um espaço de convergência de forças criativas no campo da computação e no campo da música, essa combinação em um contexto aberto ao público para a discussão e para a reflexão foi extremamente positivo”, afirmou o docente.

Onofre ainda classificou o uso da Inteligência Artificial Generativa como algo “incontornável” e confirmou fazer uso no seu trabalho com música, seja como professor ou como artista ele busca compreender a IA como mais uma ferramenta para enriquecer o seu trabalho e não algo que irá lhe tirar a personalidade própria que ele imprime em sua obra e em suas lições acadêmicas.

Uma das atrações do evento, o professor doutor Carlos Eduardo Bidu avaliou que o Sementes do Futuro permitiu que se realizassem discussões muito proveitosas e necessárias para o momento em que a sociedade precisa compreender como acomodar o uso da IA em seus processos de maneira positiva. “A gente pôde discutir uma série de elementos que são muito pertinentes e que são necessários de serem discutidos nesse momento”, analisou.

O professor Doutor afirmou que a sociedade já tem sentido o impacto do uso da Inteligência Artificial Generativa em algumas profissões e em algumas áreas do conhecimento, mas que o impacto real do uso da IA nas mais diversas profissões acarretará numa exigência de que os profissionais se atualizem e se adaptem a utilizarem estas novas tecnologias de modo a serem mais produtivos e cumprirem com as novas exigências do mercado.

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“Esse impacto econômico a gente já está sentido, acho que no segmento do jornalismo, inclusive, já tem se discutido muito em alguns setores de pessoas sendo demitidas. Acho que a gente precisa entender melhor como algumas áreas do conhecimento vão ser impactadas e nesse sentido alguns gestores já estão tomando a decisão de se reestruturar. É difícil fazer um panorama geral, mas algumas áreas serão de fato impactadas, mas acredito que vai ser só no sentido dos profissionais conseguirem em sua lida introduzirem essas ferramentas”, analisou.

O jornalista e multimídia, Walter Santos, CEO do Portal WSCOM e um dos realizadores do evento destacou o momento vivido pela sociedade global que o levaram a enxergar a importância do Sementes do Futuro. Segundo Walter o momento atual da tecnologia leva a humanidade a pensar o uso da tecnologia de forma global valorizando as características locais de quem produz e compreendendo isso que a primeira edição do evento aconteceu em João Pessoa.

O produtor musical e empreendedor Wilson Souto Júnior, dono da gravadora Lira Paulistana, também classificou o evento como fundamental. Segundo ele, o debate sobre o uso da IA vem “atropelando” as diversas gerações que discutem sobre produção musical e a valorização do artista diante do uso das novas tecnologias. Para ele, o uso da Inteligência Artificial Generativa precisa ser moldado de modo que garanta a valorização do verdadeiro criador das propriedades intelectuais utilizadas na criação de novas peças artísticas. “Tem um samba antigo que diz, veja o artista esquecido o seu verdadeiro autor. Eu estou assim, mas o meu samba eu não vendo não senhor. Eu vi de fato aqui uma coisa melhor do que eu imaginava, estou muito feliz de ter vindo e aprendido”, afirmou.

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