A Penitenciária Romero Nóbrega, em Patos, no Sertão da Paraíba, registrou um tumulto entre detentos na manhã desta quarta-feira (10), durante o banho de sol. De acordo com a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), presos de dois pavilhões entraram em confronto e chegaram a atear fogo em colchões e em partes de algumas celas, o que provocou um princípio de rebelião na unidade.

Policiais penais intervieram com apoio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que foi acionado para controlar as chamas no interior do presídio. Os detentos envolvidos foram contidos no pátio da unidade prisional, e a Seap informou que a situação está sob controle. Nas redes sociais, circularam boatos sobre mortes, mas, até o momento, não há confirmação oficial de óbitos por parte das autoridades.
Segundo informações repassadas pela Seap, alguns presos ficaram feridos durante o tumulto e receberam atendimento de equipes de saúde que atuam no sistema prisional. O órgão não detalhou o número de feridos, mas afirmou que as equipes médicas atuaram de forma imediata após a contenção do conflito.
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Para reforçar a segurança, a Gerência Executiva do Sistema Penitenciário (Gesinde), o Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) e a Força Tática Penitenciária (FTPEN), com equipes inclusive de Campina Grande, foram mobilizados e deslocados para Patos. O objetivo foi ampliar a capacidade de resposta operacional e evitar a expansão do problema para outros pavilhões e setores da unidade.
A Seap informou ainda que o secretário de Administração Penitenciária, João Alves, acompanhou a ocorrência em contato direto com o diretor do presídio, Wescley de Lira Mota, e com o comandante da Polícia Militar na região, coronel Douglas Ferreira. De acordo com a pasta, todas as medidas necessárias foram adotadas para conter o incidente, restabelecer a ordem e manter o monitoramento permanente do ambiente interno.
A Secretaria de Administração Penitenciária deve instaurar procedimento interno para apurar as circunstâncias do tumulto, identificar os presos envolvidos e avaliar eventuais danos estruturais causados pelo fogo nas celas e nos colchões.

