A cidade de João Pessoa registrou, entre a tarde e a noite desta quinta-feira (27), quatro homicídios em um intervalo de menos de 12 horas. Os crimes ocorreram em três bairros da capital paraibana, em vias movimentadas e áreas residenciais. A Delegacia de Homicídios da Capital apura se há relação entre os casos e tenta identificar autores e motivações.
O primeiro assassinato aconteceu por volta das 16h30, na Travessa Martinho Lutero, no Jardim Veneza. Um jovem identificado como Erick, morador de Mangabeira, foi morto a tiros em plena via pública. A vítima foi encontrada caída no meio da rua e o Samu apenas confirmou o óbito. De acordo com a perícia inicial, ele sofreu pelo menos seis disparos de pistola calibre 380, que atingiram boca, pescoço, tórax, braço e perna. O corpo apresentava sinais que indicam possível luta corporal antes dos tiros, hipótese que ainda depende de confirmação no inquérito policial.
Horas depois, já à noite, um segundo homicídio foi registrado na Rua Carlos Galhardo, no bairro Alto do Mateus. A vítima, identificada como Matheus Moraes da Silva, de 25 anos, foi morta dentro de casa. Segundo informações repassadas pela Polícia Militar, dois homens chegaram ao imóvel, chamaram Matheus pelo nome no portão e, assim que ele atendeu, entraram na residência e efetuaram vários disparos. O jovem foi atingido na área da cozinha e morreu no local. A polícia informou que ele respondia por crime de roubo em regime aberto. Imagens de câmeras instaladas na região devem ajudar na identificação dos suspeitos.
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O terceiro caso teve duas vítimas e ocorreu na ladeira que liga os bairros Rangel e Jaguaribe, nas proximidades da Comunidade Paulo Afonso e da ponte sobre o Rio Jaguaribe. Um casal, identificado como Leonardo Henrique Santos Lima, de 18 anos, e Jenyfer Regina Cândido de Almeida, de 20 anos, foi executado em plena via. Leonardo foi atingido por um disparo de arma calibre 12 na cabeça, enquanto Jenyfer sofreu um tiro de revólver. As vítimas seriam moradoras da área conhecida como Matinha, no entorno da Feira de Jaguaribe. A dinâmica exata do crime e a forma como o casal chegou ao local ainda não foram esclarecidas.
Os três locais de crime passaram por isolamento para trabalho da perícia e coleta de vestígios. Equipes da Polícia Científica realizaram exames de local e recolheram cápsulas, projéteis e outros materiais que podem auxiliar na identificação do tipo de armamento usado e na reconstituição dos fatos. Os corpos foram encaminhados ao Instituto de Polícia Científica (IPC) para exames complementares.
A Delegacia de Homicídios da Capital conduz as investigações e trabalha com diferentes linhas de apuração, incluindo possíveis desdobramentos de conflitos criminais em áreas específicas da cidade. Até o momento, não há confirmação de que os quatro homicídios tenham ligação entre si. A Polícia Civil busca testemunhas, imagens de câmeras de vigilância e outras informações que ajudem a identificar e prender os responsáveis.
