O governador João Azevêdo (PSB) comentou nesta quarta-feira (18) a saída do vice-prefeito de João Pessoa, Léo Bezerra, da presidência do diretório municipal do partido. Azevêdo esclareceu que a decisão foi tomada em comum acordo devido a uma incompatibilidade política e negou que Léo Bezerra tenha sido destituído.
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“É, na verdade, ele não foi destituído. Vamos começar a colocar as coisas dos seus devidos lugares. Eu tive uma conversa muito tranquila, eu tenho um respeito muito grande pelo companheiro Léo Buzão, todo mundo sabe disso. Fui eu que o indiquei para ser vice duas vezes, duas vezes e não tive dúvida nenhuma de fazer. Tenho o maior respeito e eu tive uma conversa com ele”, disse.
O governador explicou que a conversa ocorreu devido à posição incômoda de Léo Bezerra, que declarou apoio à pré-candidatura de Cícero Lucena (MDB) ao Governo, enquanto o PSB defende Lucas Ribeiro (PP).
“A partir daí são interpretações, são coisas que surgem naturalmente dentro da imprensa, especulação e aí vem declarações e aí se, se credita a fulano, a Beltrão, que teria dito, não teria nada disso. O próprio Léo pode confirmar, eu conversei com ele de manhã de uma forma muito tranquila. E é assim, comigo as coisas só têm que ser tratadas de forma muito clara”, pontuou.
Incompatibilidade na presidência
Azevêdo detalhou que a permanência de Léo Bezerra na presidência municipal seria incompatível com os objetivos do PSB para 2026.
“Eu tive uma conversa com ele, muito clara, da condição incômoda que ele estava, como presidente do diretório municipal, e nós vamos iniciar um processo de conversa, de diálogo com a sociedade. Imagine o que é você estar em reuniões com todos os movimentos, com todos os segmentos que o partido tem, tratando de uma chapa que nós defendemos e ele, como presidente do partido, está defendendo um outro nome. E ele, claro, que entendeu essa condição de que seria incompatível. Ele como presidente do partido defender a candidatura de Cícero e o partido em si defendendo a candidatura de Lucas”, defendeu.
O governador disse ainda que a discussão inicial era sobre um afastamento temporário: “Essa foi a questão que eu coloquei e ele prontamente entendeu claramente e a gente ficou de discutir uma posição se ele pediria afastamento temporário, se até que passasse o processo eleitoral. Foi essa a discussão.”
“É claro que não haveria mínima condição, volto a dizer, de alguém estar na presidência do partido, fazendo reuniões para tratar de uma campanha com o segmento e o presidente defendo o processo interno. É isso, foi só isso, nada mais do que isso”, disse.
Negação de interferência por Tibério Limeira
O governador aproveitou a oportunidade para rebater uma declaração do deputado estadual Hervázio Bezerra, que teria mencionado uma possível interferência de Azevêdo envolvendo Tibério Limeira.
“Não procede. Completamente equivocado”, cravou.
Azevêdo afirmou que nem chegou a tratar do assunto com Tibério Limeira, reforçando que a decisão sobre Léo Bezerra foi tomada diretamente por ele.
“Cheguei nem a tratar com o Tibério isso, que eu não preciso. Para resolver uma questão dessa, eu não preciso. Eu escuto muito os companheiros, mas nesse caso, eu não tive nem contato com Tibério”, finalizou
