Censo 2022: Arthur, Enzo e Laura ganham espaço, mas Maria e José seguem como nomes mais comuns na Paraíba

Comércio no centro de João Pessoa

A nova edição do levantamento “Nomes no Brasil”, divulgada pelo IBGE nesta segunda-feira (4), revela que a Paraíba continua sendo um estado de nomes clássicos, mas com mudanças significativas nas gerações mais jovens. Enquanto Maria (22.527 registros) e José (7.214) mantêm a hegemonia observada desde o Censo 2010, nomes modernos como Arthur, Enzo, Miguel, Heitor e Laura passaram a figurar entre os dez mais frequentes em cidades como João Pessoa e Campina Grande.

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O levantamento do IBGE mostra que os nomes religiosos e familiares continuam predominando, reflexo da tradição católica e da herança cultural nordestina. No ranking estadual, os mais comuns são Maria (0,57%), Ana (0,18%), José (0,18%) e João (0,17%). Porém, entre os nomes mais registrados nas últimas décadas, há novas tendências que refletem a influência de mídias, novelas e cultura pop.

Arthur, Enzo e Heitor, por exemplo, consolidaram presença nas listas da Paraíba e aparecem também entre os mais populares no país. O nome Arthur, ausente entre os 10 mais em levantamentos anteriores, agora ocupa o 8º lugar no estado, e o 7º na capital. Já Enzo, que não figurava na edição de 2010, aparece em 7º lugar no ranking estadual, com 2.944 registros.

João Pessoa

Na capital paraibana, a liderança permanece com Maria (3.291 registros), seguida por Ana (1.144) e João (1.120), mas o ranking evidencia um movimento de modernização: Arthur, Miguel, Heitor e Laura se consolidam entre os nomes mais populares. Laura, inédita entre os dez primeiros, representa a entrada de nomes femininos contemporâneos e curtos na preferência das famílias pessoenses, tendência também observada em outras capitais do país.

Campina Grande

Em Campina Grande, a tradição ainda fala mais alto, com Maria, Ana e João liderando o ranking, mas Laura e Heitor aparecem pela primeira vez entre os dez nomes mais frequentes, ambos com mais de 300 registros. A presença desses nomes confirma que a nova geração campinense está se distanciando dos compostos tradicionais (como Maria Aparecida, João Paulo ou José Carlos) e optando por nomes únicos, de sonoridade simples e moderna.

Contexto nacional

No panorama nacional, Maria e José continuam imbatíveis, liderando o ranking entre os mais de 140 mil nomes próprios registrados. Já entre os sobrenomes, Silva e Santos seguem no topo, aparecendo em 16,76% da população. Os dados do IBGE mostram que nomes como Gael, Helena, Enzo e Arthur, que ganharam força a partir dos anos 2000, possuem idade mediana inferior a 10 anos, ou seja, são predominantes entre as crianças. Já nomes como Osvaldo e Terezinha, comuns em gerações anteriores, possuem idade mediana acima dos 60, demonstrando a transição cultural e geracional refletida na forma de nomear.

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