Justiça mantém prisão de homem que confessou ter matado o próprio filho autista em João Pessoa

Davi Piazza Pinto foi preso em Florianópolis após confessar o crime; menino de 11 anos foi morto por asfixia e enterrado em área de mata no Colinas do Sul

O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) manteve, nesta segunda-feira (3), a prisão preventiva de Davi Piazza Pinto, de 38 anos, que confessou ter matado o próprio filho, Arthur, de 11 anos, em João Pessoa. O homem passou por audiência de custódia em Florianópolis (SC), onde está detido, e permanecerá preso à disposição da Justiça paraibana enquanto prosseguem as investigações.

Davi se apresentou à polícia catarinense no domingo (2), confessando ter cometido o crime e indicando o local onde havia ocultado o corpo do filho. A Justiça decretou a prisão preventiva após pedido da Polícia Civil da Paraíba, com base na gravidade do crime e no risco de fuga do investigado.

De acordo com o delegado Bruno Germano, Davi viajou de Santa Catarina para João Pessoa dizendo que queria passar alguns dias com o filho, que morava com a mãe, Aline Lorena, na capital paraibana. “O pai esteve aqui na quinta-feira, e na sexta recebeu a criança para curtir momentos em família. No domingo, ele ligou para a mãe, arrependido, informando que havia matado o menino, indicado o local onde ocultou o corpo e se entregou à polícia de Florianópolis”, relatou o delegado.

A vítima foi encontrada morta na noite do sábado (1º), em uma área de mata próxima a uma fábrica abandonada, no bairro Colinas do Sul. O corpo estava dentro de um saco plástico e parcialmente enterrado. Arthur tinha deficiência visual e Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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O Instituto de Medicina Legal (IML) confirmou que a causa da morte foi asfixia por sufocação, e informou que exames complementares, como o toxicológico, ainda estão em andamento. A perícia também encontrou marcas no ombro da criança, possivelmente provocadas pela exposição ao sol.

O enterro de Arthur aconteceu na manhã desta segunda-feira (3), no Cemitério do Cristo, em João Pessoa. “O Arthur foi uma criança incrível, nasceu de cinco meses, com 800 gramas. A gente batalhou a vida inteira por ele. O que aconteceu só cabe à Justiça agora”, disse Aline.

A Polícia Civil apura se Davi utilizou um carro de aplicativo para transportar o corpo até o local do crime e se houve participação de terceiros. A investigação também identificou que a renúncia paterna ocorreu após agravamento do estado de saúde de uma parente, o que teria abalado emocionalmente o autor confesso.

Com a decisão da juíza Conceição Marscicano, Davi Piazza Pinto permanece preso preventivamente e deverá responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

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