MP abre investigação sobre concurso com indícios de favorecimento político no Curimataú paraibano

Inquérito foi instaurado pela Promotoria de Justiça de Picuí após indícios de violação ao caráter competitivo do certame municipal

Fachada do Ministério Público da Paraíba (MPPB)

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) instaurou, nesta sexta-feira (31), um inquérito civil para apurar supostas irregularidades em um concurso público realizado no dia 31 de agosto no município de Nova Palmeira, no Curimataú paraibano. O procedimento foi formalizado pelo promotor de Justiça José Leonardo Clementino Pinto, da Promotoria de Justiça de Picuí.

De acordo com a portaria, o Ministério Público identificou indícios de frustração do caráter concorrencial do certame, apontando discrepância entre o número de vagas ofertadas e a quantidade de servidores temporários contratados pela prefeitura para exercer as mesmas funções.

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Um dos casos mencionados é o de técnico em enfermagem, função que teve apenas quatro vagas abertas no edital, mas 12 profissionais estariam atuando de forma temporária. Segundo o MP, a situação pode configurar ato de improbidade administrativa, por ferir o princípio constitucional do concurso público e o dever de impessoalidade nas contratações.

O inquérito também investigará se a manutenção dos contratos temporários teria sido utilizada como estratégia política para controlar contratações precárias, em desacordo com o objetivo do concurso público de preencher cargos efetivos de forma transparente e competitiva.

Concurso ofereceu 100 vagas

O concurso de Nova Palmeira ofertou 100 vagas para cargos de níveis fundamental, médio, técnico e superior, com salários entre R$ 1.518 e R$ 4.563,53 e jornadas de 20 a 40 horas semanais.

Entre as funções abertas estão professores, médicos, assistentes administrativos, motoristas, engenheiros e profissionais da saúde, além de cargos para o magistério municipal.

O inquérito civil buscará reunir documentos e informações que possam confirmar ou descartar as irregularidades no processo seletivo. Caso sejam comprovadas as infrações, o MP poderá propor ações judiciais para responsabilizar os agentes públicos envolvidos e anular atos administrativos ilegais.

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