No estado da Paraíba, em João Pessoa particularmente, não existe personagem do universo da construção civil com know-how reconhecido dentro e fora do Estado no trato das regras estabelecidas e em vigor sobre o respeito ao gabarito estabelecido desde os tempos idos do governador João Agripino mais do que o empresário decano Tadeu Pinto.
Basta pouco tempo de conversa para identificar a postura legalista e, mais do que isso, cultural, de Tadeu Pinto no trato da questão do gabarito historicamente estabelecido em João Pessoa como até bem cultural da terra a influenciar outras capitais do Nordeste.
Ele defende a tese de que não há necessidade nenhuma de flexibilizar a norma posta, mesmo que em face da construção de narrativa nessa direção, isso só possa interessar a meia dúzia de gente da nova geração construtora, poucos mesmo, que surgem querendo atropelar tudo, desnecessariamente.
Para ele, quem quiser construir acima da altura permitida que se atreva a fazê-lo somente nas áreas permitidas, e não nas primeiras quadras, pois também não precisa construir através da ganância a favelização de onde a norma não permite.
Tadeu Pinto considera fundamental o mercado conviver com a cultura histórica do gabarito já disciplinada e tornada referência para a dentro e fora da Capital e do estado. Quem quiser forçar barra que se convença desde sempre da regra legal a merecer respeito de todo mercado.
Tadeu Pinto considera o burburinho fruto de coincidências sazonais de fases em que as marolas do gabarito aparecem.
Quanto a LUOS, ele defende que haja bom senso na condução dos trabalhos e votação enquanto ainda há tempo para ajustar as divergências.
E O GOVERNO, COMO DE POSICIONA?
A SEPLAN insiste em argumentar a LUOS em vigor atende às regras constitucionais em voga e defende sua aprovação.
Já o Governo do Estado com dezenas de investimentos na construção civil ainda não expôs publicamente a posição estratégica no debate em curso.
E A SUCESSÃO INTERFE?
O fato é que a deflagração da sucessão estadual com o prefeito Cícero Lucena sendo pré-candidato já insinua-se que este aspecto tem afetado a conjuntura de votação.
Não acredito que chegamos a isso.
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“Em terra de cego/ quem tem um olho é rei”