Vereadores de Campina Grande protocolam pedido de CPI para investigar supostos desvios na Saúde

Requerimento foi assinado por 11 parlamentares e cita denúncias sobre destinação irregular de recursos federais

Plenário da Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG)
Foto: Divulgação/CMCG

Vereadores da Câmara Municipal de Campina Grande protocolaram, nesta quarta-feira (22), um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades nos repasses milionários destinados à área da Saúde. O requerimento foi assinado por 11 dos 23 vereadores e ocorre em meio a um cenário de crise na rede municipal, com salários atrasados, dívidas com fornecedores e denúncias de má gestão dos recursos públicos.

A iniciativa ganhou força após declarações do chanceler do Hospital Help, Dr. Dalton Gadelha, que afirmou à imprensa que recursos federais destinados à instituição teriam sido desviados pela gestão municipal. O caso também recebeu apoio do superintendente da PB Saúde, Dr. Jhony Bezerra (PSB), que tem cobrado a apuração das denúncias.

“O presente requerimento fundamenta-se em indícios de irregularidades na gestão de recursos públicos federais repassados ao Município de Campina Grande, que teriam sido retidos ou utilizados em desacordo com a finalidade original das emendas parlamentares destinadas ao Hospital HELP”, afirma um trecho do documento protocolado.

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Entre os parlamentares que assinaram o pedido estão: Anderson Pila (PSB), Aninha Cardoso (Republicanos), Jô Oliveira (PCdoB), Márcio Guedes, Olímpio Oliveira (Podemos), Pimentel Filho (PSB), Rostand Paraíba (Progressistas), Waléria Assunção (PSB), Tertuliano Maracajá (Republicanos) e Wellington Cobra.

O requerimento ainda depende de decisão do presidente da Câmara, Saulo Germano (Podemos), que deve avaliar a admissibilidade e encaminhar a proposta para votação.

Crise na Saúde e denúncias de má gestão

A crise na rede municipal de Saúde de Campina Grande vem se agravando nos últimos meses. Servidores relatam atrasos salariais de até cinco meses e a Prefeitura enfrenta bloqueios de repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) por conta de irregularidades fiscais.

Em postagem nas redes sociais, o superintendente da PB Saúde, Jhony Bezerra, afirmou que “a situação está insustentável” e criticou o que chamou de “silêncio aterrorizante” da Secretaria Municipal de Saúde. “O que assusta é o silêncio do gestor diante de uma crise que atinge trabalhadores e a população”, escreveu.

A Prefeitura de Campina Grande, administrada pelo prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), ainda não se pronunciou oficialmente sobre o requerimento da CPI.

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