Laudo do IPC descarta metanol e aponta excesso de álcool em morte investigada em Campina Grande

Instituto analisou amostras biológicas e bebidas apreendidas e não encontrou substâncias adulteradas

Rariel Dantas, vítima suspeita de intoxicação por metanol na Paraíba
Rariel Dantas tinha 32 anos — Foto: Reprodução / Redes sociais

O Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC) descartou, nesta quinta-feira (9), a presença de metanol nas amostras biológicas e nas bebidas apreendidas durante a investigação da morte de Rariel Dantas, de 32 anos, registrada no último sábado (4), em Campina Grande. O caso havia levantado suspeitas de intoxicação por bebida adulterada, mas os exames laboratoriais não confirmaram a hipótese.

De acordo com a diretora-geral do IPC, Raquel Azevedo, as análises incluíram amostras de sangue, urina e conteúdo estomacal do paciente, além de 51 garrafas de destilados apreendidas pela Vigilância Sanitária e pela Polícia Civil.

“Foram realizadas as pesquisas toxicológicas gerais de substâncias e todas foram descartadas. Não existia metanol. Não foi detectada a presença de metanol em nenhuma das quatro amostras analisadas. Foi detectada, porém, a presença de etanol em todas elas”, afirmou Raquel em contato com o Portal MaisPB.

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A perícia também indicou que a morte pode ter relação com o consumo excessivo de álcool comum (etanol), já que Rariel apresentava histórico de alcoolismo. “A vítima já era alcoólatra e o óbito pode ter ocorrido pelo excesso de etanol. Portanto, descartamos uma causa externa para a morte”, completou a diretora.

O delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, também confirmou a conclusão pericial. “O laudo do IPC foi categórico: negativo para metanol. Estamos conduzindo uma investigação detalhada para esclarecer a verdadeira causa da morte”, disse o delegado.

Contexto do caso

Natural de Baraúna, Rariel Dantas foi internado no Hospital Regional de Picuí com sintomas de intoxicação alcoólica após relatar ingestão de bebidas por três dias consecutivos. Posteriormente, ele foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Trauma de Campina Grande, onde morreu após três paradas cardiorrespiratórias.

Com a suspeita inicial de bebida adulterada, órgãos de saúde e segurança pública reforçaram as ações de fiscalização contra a venda irregular de bebidas alcoólicas na região. Segundo o secretário estadual de Saúde, Ari Reis, o objetivo é “proteger a população de novos riscos” enquanto o caso é finalizado pela perícia.

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