A Operação Última Fase da Polícia Federal (PF), que cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e decretou três prisões preventivas nesta quinta-feira (2) contra fraudadores de concursos públicos, motivou um comunicado do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
De acordo com a apuração da TV Globo, foram comprovados ao menos 16 fraudes realizadas na edição do ano passado do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).
A pasta, que colaborou com o Ministério Público Federal (MPF) na Paraíba nas investigações, detalhou que os criminosos presos e identificados responderão por fraude em certame de interesse público, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsificação de documento público.
De acordo com informações do Ministério Público Federal (MPF), o preço pela fraude era extremamente alto. Em diálogos interceptados, por exemplo, pai e filha negociavam o sucesso no concurso para Auditor-Fiscal do Trabalho, mencionando valores que chegavam a R$ 500 mil. A execução do esquema envolvia a necessidade de corromper vigilantes e até mesmo desativar câmeras de segurança para evitar flagrantes.
Além disso, a organização utilizava uma tática conhecida como “candidato fantasma”: eram empregados documentos falsos para que um membro da quadrilha, com maior preparo, realizasse a prova no lugar do candidato contratante que havia pago pela vaga.
Em virtude da ação, o MGI também anunciou que reforçou o planejamento de segurança para a segunda edição do CPNU, confirmada para o próximo domingo (5), garantindo que a aplicação das provas terá sua transparência e integridade asseguradas em parceria com a PF e outras forças de segurança.