A primeira reunião da CPI dos Combustíveis da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) terminou em tumulto e sem avanços sobre o objeto principal da investigação: a variação dos preços e possíveis práticas abusivas no setor. O encontro, realizado nesta segunda-feira (15), foi marcado por insatisfação de parte dos vereadores com a escolha de Raoni Mendes (DC) como presidente da comissão, decisão já definida pelo presidente da Casa, Dinho Dowsley (PSD).
Logo no início, os vereadores Fábio Carneiro (SD) e Fábio Lopes (PL) apresentaram resistência e pediram a saída imediata de Raoni da presidência. Um requerimento foi assinado pela maioria dos membros da comissão, com exceção de Raoni e do relator Tarcísio Jardim (PP). Raoni reagiu chamando a iniciativa de “perda de tempo” e afirmou que só deixará o cargo por decisão judicial. “Eu fui designado a presidir”, disse.
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A situação desestabilizou a reunião, que acabou encerrada às pressas, antes de qualquer deliberação sobre a convocação de representantes do setor de combustíveis. A expectativa inicial era ouvir nomes como Omar Aristides Hamad Filho, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo da Paraíba (Sinipetro-PB), além de órgãos de defesa do consumidor estaduais e municipais.
A CPI foi criada para investigar, em um prazo de 120 dias, possíveis práticas de cartel e abusos nos preços dos combustíveis em João Pessoa. Compõem a comissão, além de Raoni Mendes e Tarcísio Jardim, os vereadores Guguinha Moov Jampa (PSD), autor do pedido de abertura da CPI, Mikika Leitão (Republicanos), Fábio Carneiro (SD), Jailma Carvalho (PSB) e Fábio Lopes (PL).
