O Ministério Público da Paraíba recomendou, em parecer, negar o pedido de habeas corpus requerido pela defesa do influenciador Hytalo Santos e de seu marido, Israel Natã Vicente. Eles dois seguem presos em São Paulo enquanto aguardam transferência para a Paraíba.
Hytalo e Israel foram presos no último dia 15 de agosto, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, investigados por suposta exploração e exposição de adolescentes, utilização indevida da imagem de menores com finalidade lucrativa, configurando exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular, visto que os conteúdos produzidos eram publicados e monetizados nas redes sociais.
No pedido de revogação da prisão preventiva do influenciador, a defesa pede a concessão de medidas cautelares diante da situação, além de argumentar que não havia intenção de fuga, uma vez que Hytalo havia divulgado em suas redes sociais que estava em São Paulo.
No seu parecer, Álvaro Gadelha Campos, procurador de Justiça do Ministério Público, entendeu que não existe razão no pedido, e lembra que o decreto da prisão preventiva trouxe, em sua fundamentação, a necessidade de garantir a transparência da instrução criminal. Como apontou o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco/MPPB), havia indícios de destruição e remoção de provas que seriam apreendidas no decorrer das investigações. A prisão, então, tinha por motivo impedir que isso voltasse a acontecer, bem como que os investigados pudessem intimidar testemunhas, se permanecessem em liberdade.
Álvaro Gadelha ainda ressalta que a decisão da juíza plantonista foi submetida à instância superior e mantidas ao serem consideradas as provas de supostos crimes graves e indícios suficientes autoria indicados pelo juiz do primeiro grau, além da gravidade dos atos e do risco da ocultação de evidências.
No entendimento do MP, uma substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, como pedia a defesa, seria ineficaz para preservar a ordem pública, o andamento do processo e desestimular o retorno da prática criminosa.