Cultura

Descrição da Capitania da Paraíba de Elias Herckmans será relançada 6ª em João Pessoa


01/07/2024

Portal WSCOM



O Grupo de Pesquisa em História do Brasil holandês do Iphaep lança, nesta sexta-feira(5), na Livraria do Luiz do MAG Shopping, em Manaíra, uma nova edição da “Descrição Geral da Capitania da Paraíba”, de Elias Herckmans. Organizada pelo antropólogo Carlos Azevedo e pelo historiador Edvaldo Lira e com edições anteriores esgotadas nas livrarias, a obra é uma das raridades do período colonial e será comercializada ao preço de R$ 50.

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Editada pela Ideia, no lançamento que acontece às 17h, a obra será apresentada pela historiadora Ronilene Diniz com espaço para um debates entre os participantes. Enquanto diretor da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, Elias Herckmans governou a capitania da Paraíba de 1636 a 1639. Nesse período, deixou um relatório etnográfico, econômico e geográfico ricamente detalhado e originalmente intitulado ‘Generale Beschrjvinge van de Capitania Paraiba’, datado de 1639.

Historiador Evaldo Lira e antropólogo e sociólogo Carlos Azevedo, autores do livro

A primeira parte desses registros é dedicada à capital, hoje João Pessoa, e a segunda é voltada aos engenhos do Vale do Rio Paraíba. Já uma terceira parte trata sobre costumes dos Tapuias, como eram chamados os índios locais. Herckmans foi um dos integrantes do grupo de artistas e sábios trazidos pelo conde Maurício de Nassau ao Brasil durante a ocupação holandesa.

Elias Herckmans foi geógrafo e cartógrafo, além de escritor. Governou a Paraíba e teve a oportunidade de conhecer grande parte da planície litorânea pertencente à capitania e seus primeiros contrafortes, seus engenhos, com atenção especial às várzeas dos rios, principalmente o Paraíba.

Os registros captados por ele ocorreram em uma grande expedição que durou aproximadamente dois meses. Esse conhecimento holístico sobre essas terras foi transformado em documento escrito no último ano de seu governo e só publicado em 1879 (em holandês). Foi traduzido em língua portuguesa em 1884, por José Higino Duarte Pereira, e publicado três anos depois na Revista do Instituto Archeologico e Geographico Pernambucano.



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