Política

DEM e PSL aprovam fusão e criam o maior partido da Câmara; Efraim Filho integrará executiva nacional da nova legenda

Sigla chefiada por ACM Neto aprovou, por aclamação, a criação da nova legenda. O único voto contrário foi o do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni


06/10/2021

(Foto: reprodução)

Redação/Portal WSCOM



Os diretórios nacionais do DEM e do PSL aprovaram por aclamação, nesta quarta-feira (6), a fusão entre as duas legendas. O novo partido, que vai se chamar União Brasil, terá a maior bancada da Câmara, com 82 deputados, além de quatro governadores, oito senadores e as maiores fatias dos fundos eleitoral e partidário. Será a primeira vez, em 20 anos, que a direita reúne tantos parlamentares em uma única agremiação. A última vez foi no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, quando o PFL (atual DEM) elegeu 105 representantes. O deputado federal e pré-candidato ao Senado, Efraim Filho integrará a executiva nacional da nova legenda na posição de primeiro secretário do partido.

O presidente da nova legenda será o atual presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), e a secretaria-geral ficará com ACM Neto, que hoje comanda o DEM.  Para ser oficializada, a criação do União Brasil ainda precisa do aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A expectativa dos articuladores da fusão é que o tribunal dê a permissão até fevereiro do ano que vem, antes da abertura da janela partidária para as eleições de 2022.

O deputado federal Efraim Filho irá integrar a executiva nacional da União Brasil, ocupando o cargo de primeiro-secretário da legenda. O parlamentar paraibano foi escolhido pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto para ser o número dois na hierarquia do Democratas na constituição do novo partido. Ou seja, será Efraim o responsável por responder pelo DEM na ausência de ACM.

Com a fusão das legendas, Efraim Filho, que é pré-candidato ao cargo de Senador da República pela Paraíba nas eleições de 2022, ganha impulso em direção a seu projeto eleitoral ao integrar o que caminha para ser o maior partido do Brasil.

O único voto contra a aprovação da fusão foi o do ministro Onyx Lorenzoni, que atualmente chefia a pasta do Trabalho e Previdência. O principal ponto de divergência de Lorenzoni foi quanto ao direito de voto de parlamentares nas decisões da Executiva Nacional. Ele também defendeu que o partido se posicionasse sobre temas relacionados às eleições de 2022, incluindo um eventual apoio à campanha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Enquanto conduzia a reunião, o presidente do DEM, ACM Neto, reafirmou que o objetivo do novo partido é lançar um candidato próprio.

 



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