Nem sei a última vez que nos encontramos, mas a memória restante certamente insere Letinho num palco qualquer da vida, onde ele foi menestrel.

Olha que já se passaram muitos anos e situações sempre com seu gesto afetuoso, de jeito agradável de ser e uma genialidade incomum, muito antes dele ter convivido com o estilo impositivo da voz segura de Mônica com quem conviveu o tempo da vida possível.

Letinho se impôs com seu estilo profissional firme, mas nem sei porque cargas d’água, mesmo ele indo fundo na guitarra solene, a impressão era de que ele era mais jazzistico do que metaleiro.

Seja como for nos muitos palcos e bares da vida, até quando diante da Sinfônica, Letinho sempre se impôs mais pelo estilo solene, jazzistico, MPB profundo do que qualquer outra coisa.

Fomos circunstantes do bairro Castelo Branco, mas no tempo inteiro ele sempre foi muito mais universal do que sua timidez pessoense o identificava.

Lá se vai um grande músico para sempre.