Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Ricardo I


17/04/2007

Foto: autor desconhecido.

É, aparentemente, muito forte o titulo da Coluna de agora, mas o conteúdo e forma do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, de tratar a reforma político-administrativa priorizando exclusivamente seus aliados de primeira hora e de convergência ideológica mostram uma condição contraditória.

Explico: enquanto ele consolida sua hegemonia no comando da equipe administrativa com 90% dos nomes citados sendo de sua quota pessoal, do outro lado cria fosso e cisma junto aos partidos aliados (PT, PMDB, PC do B) podendo mais na frente gerar feridas, em tese criadas por ele mesmo.

Ora, forjado em processos democráticos, Ricardo Coutinho parece não saber conviver com diferenças políticas mesmo harmonizadas em torno dele preferindo ajustar um time de aficcionados, meio cegos mais lagartixas, produzindo com isso uma formatação desconforme com sua operosa gestão de resultados à frente da prefeitura.

Se isso tudo é verdade, ele desperdiça um momento como este para consolidar o PMDB, PT e PC do B mais perto – abrindo espaços melhores em pastas importantes, ao invés disso ele fecha os espaços abrigando apenas aliados de caminhada no famoso Coletivo. Ou seja, ele não soube compromete mais os partidos aliados, dos quais vai precisar muito ano que vem.

Tem mais: quando age absolutista, ele se preserva enquanto grupo mas se deixa parecer, enquanto postura relativa, ao individualismo que tanto condenou expresso em lideres como Burity, Collor e Maranhão. Impressiona como, em exclusividade, eles se parecem.

É como se só eles tivessem a capacidade de acertar, de ser honesto, de saber traduzir o desejo popular.

No caso de Ricardo, não tiro de seu mérito a capacidade de apresentar resultados a lhe cacifar atualmente na sociedade pessoense, mas, impressiona como ele deixa escapar formas de ser maior do que o é atraindo para perto crises antes inexistentes.

A reforma de agora remete Ricardo à tempos atrás onde a cultura imperial destoa dos tempos de agora.
É só aí – e é muito – onde ele insiste em se perder.

Galvão anda engasgado

Não sei se um dia isso acontecerá, mas por pouco, muito pouco mesmo, o ex-secretario Walter Galvão não termina em caso sério. Vingou com as graças de santa jória e afins o clima da composição hereditária.

Mas, a saída de Galvão não é mistério como se pensa. Tudo se deve a um ‘cochilo’ involuntário da Secretaria de Educação quando de dois pregoes recentes, deixando de atestar na nominação do processo, via internet, a etapa seguinte da homologação de resultados.

Não foi irregularidade cometida, mas isso terminou no Cadif produzindo reação entre eles em nível conflituoso servindo de estopim de turbulência já acumulada.

O fio ficou descascado.

Veneziano insiste no mesmo diapasão

O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital, ocupou espaços na midia pessoense, ontem, para reproduzir o mesmo bla-bla-bla de sempre acusando o passado pelo presente de certo imobilismo administrativo.

Não se trata, ainda, de caos na gestão da prefeitura de Campina Grande, mas o pique e os resultados se comparados aos tempos de Ney andam muito aquém, exceto sua capacidade teatral de querer atribuir a outros responsabilidades que são suas.

O saldo da Micarande

Há uma intenção pre-deliberada dos adversários de Vené, segundo Luca Sales, de considerar a Micarande definitivamente acabada, sem jeito.

Não chega a isso, a rigor, mas a versão de 2007 está muito abaixo de todos os anos passados, menos por culpa de apoio, mais pela exaustão da festividade que, na maioria dos lugares, os carnavais fora de época vivem, agora em formado indor (fechado).

Veneziano, a rigor, não tem sabido apresentar nova alternativa para o evento e fica pensando que levando Alceu Valença isso é transformação de modelo e gestao.

Não é e mais na frente vamos explicar porque.

Cisma desnecessário

A propósito de Veneziano, já é chegada a hora de sustar e conter o clima de cisma acumulado com o prefeito Ricardo Coutinho. Não são poucos os que geram reação contida na direção do cabeludo.

É evidente que os dois têm importância, mas ainda não dá para mensurar a proximidade de Vené de Ricardo em termos absolutos de resultados.

Se for por esse caminho, em 2010 o sertão vai vir a mar.

Paraíba de brilho

O advogado Napoleão Casado Filho é um dos principais conferencistas de importante evento internacional de Direito, em São Paulo.

No decorrer dos dias, vamos trazer detalhes.

Última

“O olho que existe/ é o que vê


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