Não há como deixar de encarar e comemorar até o fato da cidade de João Pessoa estar atraindo a mudança de domicílio residencial de milhares de pessoas, muitas vindas do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o que consolida a cadeia produtiva gerando renda e empregos. Mesmo assim, contudo, essa conta interfere na lógica, cotidiano e nível de vida das pessoas oriundas da cidade.

Antes de gerar outras abordagens, lembremos o caso de Lisboa, Portugal desde 2010, quando passou a ser ocupada por “estrangeiros”, que não só brasileiros pela pauta da cidade se transformar em HUB de TI (Tecnologia da Informação) elevando o padrão de vida dos moradores/lisboetas que, em face disso, tiveram que passar a morar nas periferias. Eis o reflexo da elevação do padrão de vida.

O fato é que João Pessoa deixou de ser a cidade provinciana e, já faz tempo, abriga serviços de alta qualidade, por exemplo, com quantidade imensa de opções em todos os níveis, em especial na gastronomia.

Como os novos habitantes trazem um nível financeiro maior do que o da província, isto também impactará até em serviços básicos como o Uber, onde muitos motoristas são de fora oriundos cidades e lugares externos à aldeia.

Trocando em miúdos, ainda em tempo precisamos conviver com essa mudança de estilo de vida, pois reclamar não resolve.

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“A minha terra que só encerra belezas mil/ pode ser chamada a namorada do meu Brasil”