Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Os efeitos de Eduardo Cunha na Paraiba


21/08/2015

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}Desde quinta-feira, 20, o País convive com a formalização no Supremo Tribunal Federal de denúncia do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha,  com efeito demolidor contra o pemedebista carioca,cujos efeitos terminam respingando na Paraíba.

Ao contrário do que argumentou nesta sexta-feira, em São Paulo, o próprio Eduardo Cunha dizendo-se inocente, não é bem assim o que dizem provas levantadas pelo Ministério Público Federal rastreando toda a operação de chantagem e recebimento de propinas pelo atual presidente da Câmara.

Como relata o comentarista político, Kenedy Alencar, “os investigadores obtiveram provas de uma reunião do presidente da Câmara com Júlio Camargo e com Fernando Baiano, que está preso em Curitiba e é acusado de ser lobista do PMDB na Petrobras.

No encontro, em setembro de 2011, eles trataram de uma propina de US$ 5 milhões para o peemedebista. Há registros de ligações telefônicas e informações sobre o local, o dia e a hora dessa reunião.

Também foram apresentados depósitos feitos para uma igreja evangélica frequentada por Cunha que teria sido usada para lavagem de dinheiro. Os investigadores obtiveram movimentação financeira que aponta o caminho da propina”.

OS EFEITOS NA PARAIBA

O primeiro deles recai sobre a CPI da Petrobras presidida pelo deputado federal Hugo Mota porque, a partir da denúncia e das provas, a Comissão perde sua força de agora em diante implodindo-se diante da queda do mentor dessa mesma CPI.

Aliás, o parlamentar paraibano fica de “saia justa” porque é um aliado de Cunha, entretanto, sua lealdade tem limites, ou seja, antes que seja tarde ele precisa se blindar para não ser atingido também e, como se diz lá na Torre, não “morrer como soldado fardado”.

O caso Cunha também afeta o deputado Manoel Júnior, aliado de Cunha, que da mesma forma como Hugo, precisa compreender que sua lealdade não implica em ser atingido pelas consequências das graves denúncias.

Por fim, esta nova realidade acaba tirando do PSDB e do líder no Senado, Cássio Cunha Lima, a conexão entre as duas Casas onde, antes das denúncias, tinha-se como certo que Eduardo Cunha iria abrir o processo de Impeachment de Dilma Rousseff, algo tanto pretendido e cada vez mais distante do interesse tucano.

Na linguagem popular da Torre, “a montanha (Eduardo Cunha) pariu um rato”, de tanta força e pretensão deliberada de fulminar com Dilma, agora se esvai pelos próprios atos cometidos.

UMAS & OUTRAS

…O escritor, jornalista e multimídia Evandro Nóbrega venceu a eleição para a vaga do acadêmico Wellington Aguiar por 1 voto na Academia Paraibana de Letras nesta sexta-feira, mesmo assim precisará de nova disputa em segundo turno porque o segundo colocado, Abelardo Jurema Filho, teve 10 votos, Chico Pereira 8 e Neno Rabelo 4.

…Com todo respeito ao concorrente de Evandro, é preciso fazer justiça à história e à bagagem intelectual que ele desfruta ao longo do tempo e elegê-lo no próximo escrutínio.

…Estivemos na solenidade em que o empresário Marcos Muzzini recebeu o Titulo de Cidadão Pessoense fruto de propositura do vereador Fernando Milanez. Trata-se de um ato de coerência e mérito pelo que o gaúcho, agora pessoense também, presta à nossa cidade.

ÚLTIMA

“Em terra decego/ que tem um olho é rei”

 


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