Meu sentimento de paraibanidade se encheu de orgulho no mês de abril de 1973, ao tomar conhecimento do sucesso alcançado pelo Coral Universitário da UFPB, quando de sua participação no I Festival Internacional de Coros Universitários, realizado na Europa. Nossa representação foi considerada uma das três melhores a se apresentarem naquele evento.
O Coral da UFPB deu sequência, naquele ano, ao êxito obtido, divulgando os nomes da Paraiba e do Brasil nas apresentações em outros países europeus, como Portugal, Itália, Alemanha e Inglaterra. Nessa turnê os integrantes do Coral distribuíam flâmulas desenhadas por Raul Córdula e vestiam roupa típica, em couro, preparada por Celene Sitônio, numa forma de melhor propagar nossos valores culturais. A regência do maestro Arlindo Teixeira, conhecido por seu extraordinário conhecimento da arte musical, garantia a performance do Coral.
Criado em 1961, a partir de 1983 passou a receber o nome de Gazzi de Sá, numa homenagem ao pianista e compositor pessoense, apontado como um dos ícones do canto orfeônico de nosso Estado. Outros grandes nomes de atuação na música paraibana estiveram à frente da regência do Coral da UFPB, entre eles Pedro Santos (irmão do jornalista Paulo Santos), Clóvis Pereira e Kaplan.
O nosso rico patrimônio cultural tem no Coral da UFPB uma das suas grandes manifestações do potencial artístico da gente paraibana. Só a título de ilustração, basta dizer que a consagrada cantora Renata Arruda iniciou sua carreira cantando no Coral da UFPB.
Eu sou assim, um paraibano vaidoso de sua terra e do seu povo. Qualquer destaque que eleve o nome da Paraíba me envaidece e mexe com minhas emoções.
• Integra a série de textos “INVENTÁRIO DO TEMPO II”.
•