Geral
O significado da morte de Gervásio
18/08/2007
Não sabia, confesso, da expansão que sempre significava a imagem do cidadão e homem público Gervásio Maia morto, neste sábado, de infarto fulminante em sua própria casa no bairro do Cabo Branco. De muitos lugares (fora do estado até) vieram telefonemas, e-mails, todos no lamento forte pelo fato fúnebre agora tratado.
Atual Secretário de Finanças da Prefeitura de João Pessoa, depois de acumular a condição de diretor da Telpa, deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa, Gervásio Maia sempre foi o sujeito de que a sociedade precisa sempre por zelo incomum no trato da coisa pública, sobretudo do dinheiro público ao longo desse tempo.
Se reparar bem, tudo tem um ´que´ na cultura herdada pelo pai, ex-governador João Agripino xerife das contas públicas, visionário das obras transformadoras, personagem ainda hoje lembrada pelo rigor na conduta da vida particular e, sobretudo, no exercício da atividade pública da Paraiba.
Gervásio nasceu e se fez homem em meio a homens e mulheres de muita fibra moral, de talento adequado para cuidar das lutas e conquistas coletivas da sociedade. Dentro de casa mesmo teve seu irmão ex-deputado federal João Agripino Neto, seu filho deputado estadual Gervásio (sua cria) e tios como Coronel Maia.
Na família mais amplamente, Gervásio sempre tomou por base outros ensinamentos ao redor, como o que significou o ex-governador Antonio Mariz, de perfil muito rigoroso nessa direção, o primo José Mariz (conselheiro do Tribunal de Contas, assim como outro tio importante, conselheiro Fábio Mariz Maia), do primo senador José Agripino Filho, do Procurador da República, Luciano Mariz Maia e tantos outros.
Em tempo: com influências ou não ele próprio construiu sua moral.
Mas, voltando o foco em si em torno da trajetória de Gervásio, sua morte mais do enlutar a Paraíba representa um duro golpe para a gestão pública comandada pelo prefeito Ricardo Coutinho, que perde o mais importante auxiliar na cumplicidade do zelo para com o dinheiro público, bem como na gestão do trato político com a ´turma´ esperta e aliada representada pelos vereadores e lideres comunitários.
A morte de Gervásio faz a família sofrer o sentimento da indignação, mesmo diante do designo divino, por ´levá-lo´ no momento em que ele mais se apresentava soberano no domínio de tudo, da vida familiar, pessoal e pública, enquanto exercício da gestao pública. Por isso, só o tempo e Deus podem gerar consolo e convivência aos doloridos, agora impossibilitados de suas palavras sabias.
Convivi com Gervásio sem a intimidade de outros familiares seus, a exemplo de Antonio Mariz, mas sempre que possível, vez em quando, estivemos em reflexões oportunas sobre a vida de João Pessoa e da Paraíba quando poucos acreditavam no rumo dado ao presente e futuro da sociedade, assim como com outras questões fundamentais da vida política do Estado.
Em sintese, Ricardo Coutinho perde também um aliado fundamental, um amigo construído na turbulência política na Assembléia Legislativa, mas transformada em cumplicidade respeitada como poucas vezes se viu. Ricardo perdeu o vice-prefeito que sonhava e o maior dos entusiastas fora do Coletivo que mais acreditava no seu sonho de governar a Paraíba, antes gerando a administração austera ao estilo Gervásio.
A Paraíba está de luto, a família e amigos estão também, mas é o futuro quem perde um aliado digno, leal e ético como tanto faz falta nos dias de hoje.
Última
O nome/ a obra imortaliza…
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