Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

O fim dos empregos, a queda da força sindical como desafio da Esquerda diante do capitalismo em crise


16/02/2019

Foto: autor desconhecido.

Para Professor Doutor José Loureiro Lopes, membro do Conselho Federal de Educação

O mundo contemporâneo a partir do Ocidente, em particular no Brasil, convive com uma dura realidade da vida humana em crise em bases fundamentais, ou seja, no capital e trabalho com a projeção de queda vertiginosa do emprego provocando efeitos em tudo, na sobrevivência das pessoas e até de estruturas como do sindicalismo deixando a Esquerda sem saber o que fazer.

Em tese, as altas taxas de desemprego motivam reações sociais de reagrupamento social em defesa de causas comuns da sobrevivência, entretanto, nem assim percebe-se ainda a volta da mobilização social e sindical, como em anos anteriores, porque, como previu Jeremy Rifkin, o fim do emprego amplia a márgem de problemas sociais advindos do desemprego.

AS POLÍTICAS DE APROFUNDAMENTO DA CRISE

A Revolução da Era da Informação afetou na contemporaneidade em cheio um primado básico de um maiores teóricos sobre o Capitalismo, Karl Marx, cuja obra Capital x Trabalho x mais valia são fortemente afetados porquanto a nova fase da sociedade, simplesmente tem eliminado, destruído muitas possibilidades de profissão com a robotização tomando o lugar dos trabalhadores e trabalhadoras.

Na realidade brasileira dos últimos dois anos, a partir do Governo Michel Temer, as políticas dirigidas à chamada Reforma Trabalhista tiraram a força dos sindicatos ao impedir o desconto sindical obrigatório e ainda pela prevaricação do trabalho, hoje sem garantias no mesmo nível de antes aos trabalhadores.

A nova base legal do trabalho no Brasil provocou perdas estruturantes dos sindicatos levando -os a uma crise de reapresentação política imensa já não mais mobilizando ou interferindo nos diversos campos de trabalho.

O QUE DIZ JEREMY

Jeremy Rifkin é americano e autor de bestsellers, entre eles o que trata do fim dos empregos no mundo a partir da Revolução artificial, afirmando que “ a fase é caracterizada pelo declínio contínuo do nível de empregos. Computadores sofisticados, robótica, telecomunicações e outras tecnologias da Era da Informação substituem os seres humanos em praticamente todos os setores e mercados”.

Ele se aprofunda ao afirmar que “fábricas e empresas virtuais quase despovoadas assomam no horizonte”.

Em síntese, Rifkin busca alertar que o fim dos empregos pode constituir o colapso da civilização como é conhecida, ou assinalar os primórdios de uma transformação social.

SÍNTESE

O desafio é de toda a sociedade como se adequar diante da expansão da Inteligência Artificial tomando os espaços humanos, mas nesse particular o Capitalismo em crise sem saber /querer resolver os dramas sociais, daí o papel relevante – hoje paranoico- da Esquerda no mundo.

Para onde vamos?

ÚLTIMA

“Tente outra vez…”

 

 

 

 


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