Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

O Circo, Paralamas e a auto estima


05/01/2008

Foto: autor desconhecido.

Começou neste sábado, nas areias da Praia de Tambaú, a nova versão do projeto “Estação Nordeste”, invenção da Prefeitura de João Pessoa ofertando a quem está na cidade o novo momento do “Paralamas do Sucesso” – grupo liderado pelo cantor e compositor paraibano Herbert Viana – diante de uma multidão atenta e cúmplice com o repertório do trio.

O conjunto da programação prevista para o projeto contextualiza a política pública interessada em oferecer à sociedade uma opção musical qualificada atendendo a um pressuposto no imaginário coletivo de que, como dizia o grupo Titãs, “a gente não quer só comida/ a gente quer diversão e arte”.

Trocando em miúdos, compete sim aos governos gerar condições, além do “pão de cada dia” com seus projetos sociais, porque o “circo’ também se faz indispensável para o conforto mínimo da alma.

Foi dentro desse panorama que Herbert Viana, Bi Ribeiro e Joao Barone pisaram mais uma vez as areias de Tambaú para novo diálogo com uma multidão de fàs e/ou admiradores sempre confortados diante do repertório do Paralamas.

A rigor, em termos de repertório novo pouco foi visto ontem, mesmo assim nada é maior quando se trata de empatia, pois o público tem gerado uma receptividade intensa e prazeirosa na forma de Herbert verbalizar seus recados e conceitos ou quando a banda expõe seu antigo repertório encantador passando de geração a geração.

Em plena fase de interação com Os Titãs e Samuel Rosa (Skank) nas primeiras apresentações conjuntas a partir de Belo Horizonte, o Paralamas vive atualmente a influência do aguçamento pátrio da relação afetiva de Herbert Viana com João Pessoa, cidade onde nasceu e logo menino se foi para Brasília – lugar pólo para as incursões poéticas e sonoras a construir todo o legado do grupo.

Ultimamente é sempre assim: Herbert não esconde seu orgulho pelo vinculo com a cidade e os valores de uma terra com muita gente musical, muita gente de produção poética.

Nesse contexto, Bi e João Barone interpretam a condição humana perfeita em assimilar com carinho a fase emotiva de Herbert, não só com João Pessoa enquanto abrigo emocional, mas diante de tudo (inclusive as dificuldades) que o líder do Paralamas enfrenta tendo a cumplicidade total dos dois parceiros numa comunhão singular, muito pouco vista.

Se tudo isso é verdadeiro, o Paralamas deu o ponta-fé dignificante de um projeto em plena fase de consolidação.

Herbert (Paralamas) já faz tempo é orgulho de nossa gente, da Paraíba,


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