A atual fase das articulações do Governo Lula, antes da viagem no sábado para China, revela conduta clara de que o Núcleo Duro do presidente decidiu adotar pragmatismo visando conquistar Governabilidade no Congresso Nacional cedendo espaços e/ou cargos a opositores para consolidar aprovação das muitas medidas legislativas.

Isto, na prática, significa dizer que os cargos de segundo e terceiro escalões em Brasília e nos Estados continuarão sendo ocupados também com partidos de Oposição na campanha, a exemplo do União Brasil, Republicanos, etc, entretanto, as lideranças do PT começam a reclamar de líderes beneficiados sem querer assumir a Base do Governo – razão dos entendimentos que afetam os petistas.

CASO DA PARAÍBA

O presidente do PT estadual, Jackson Macedo, disse que a articulação nacional do partido precisa consolidar a participação pública dos líderes partidários assumindo a condição de base e não, como se deu na Paraíba, com o senador Efraim Filho e deputado federal Romero Rodrigues conquistando cargos mas se apresentando como Independentes.

– A articulação nacional do PT precisa resolver isso porque a cessão de espaços a opositores significa assumir a condição de compor a base, por isso esse posicionamento independente é inadequado- comentou.

A FALA DE LULA

Diferente do que aconteceu em Santa Luzia/PB, na quarta-feira, 22, quando o presidente Lula saiu sem dar entrevista nem discursar, em Recife ele foi corajoso ao enfrentar vaias à governadora Raquel Lyra pedindo respeito à convidada na solenidade.

Lula, conforme assessores, estava apressado na inauguração da Paraíba porque tinha compromisso em Recife sobre Fernando de Noronha com a presença do Ministro Ricardo Lewandowiski. Por isso, se apressou e não concedeu entrevista.

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