Paraíba
Lá vem a Folia, o Carnaval, mas como anda a essência, a organização e apoio à raiz de fato?
19/01/2023
![](https://d5b0emwo2ogpi.cloudfront.net/wp-content/uploads/2023/01/19105948/Imagem-do-WhatsApp-de-2023-01-19-as-10.58.52-1024x871.jpg)
Ecoa desde a quarta-feira mais de chuva do que de cinzas o anúncio pela Prefeitura de João Pessoa de um conjunto de ações envolvendo Folia de Rua, Carnaval Tradição e outros blocos carnavalescos comuns nesta fase.
Em tese, o reforço e/ou apoio da PMJP é de inegável importância, entretanto, alguns valores da essência carnavalesca precisam ser preservados porque, do contrário as festividades vão virar negócios privados enrustidos diante da nossa falta de cultura bem feita de organização para construir a auto sustentação dos blocos e agremiações, na atualidade gerando uma lista imensa de pedintes.
AJUSTE E FUTURO
A não divulgação da programação completa de todo Folia de Rua com todos blocos, por exemplo, em pleno Hotel Globo, significou falha inconcebível porque o grande evento não se restringe a Elba, Alok e Margareth Menezes, pois a essência está também e, sobretudo, nos médios e pequenos blocos.
Outra coisa: não se pode adotar xenofobia em relação a blocos, como o Vumbora com Bell Marques, mas a sexta-feira de abertura do Folia de Rua deveria ser de todos os blocos no Ponto de Cem Réis e não do ídolo baiano que asfixiou os pequenos blocos empurrando a abertura para quinta-feira no tempo que restou.
Bel leva grande público a qualquer data, por isso não é tirando a sexta-feira da abertura da Folia que se chega a melhor solução.
O CARNAVAL TRADIÇÃO
Mais uma vez, as heroicas agremiações de samba, frevo, tribos indígenas e à lá ursas vão para a avenida sem o tamanho merecido de suas importâncias porque entre vários fatores a cultura do peditório e a força oficial impedem a construção real da auto sustentação de todos.
O setor privado, por exemplo, um dia haverá de gerar condições para tal e a PMJP ser importante parceira e não comandante geral.
UM SONHO DE FUTURO
Em sendo assim, eis que a força estrutural da prefeitura se impõe sem levar em conta esses fatores de relevância e importância das agremiações que, tomara um dia, tenham mais moral do ponto-de-vista estrutural para negociação melhor e mais resolvida em favor da Folia e do Carnaval.
Repetimos: o setor privado precisa participar mais dessa estruturação carnavalesca e, ainda, com as agremiações acionando as Leis de Incentivo federal, estadual e municipal como reforço e solução para a auto sustentação dos dois grandes eventos.
Por enquanto é o que nos resta.
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