Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Política

Hugo Motta: muito além da vaidade, a complexa ascensão a lhe exigir reflexão sobre pautas bomba diante do hábil presidente Lula


04/09/2024

O deputado federal Hugo Motta é presidente do partido Republicanos da Paraíba (Foto: Divulgação/Douglas Gomes)

Não há um veículo de comunicação sério no Brasil que não esteja tratando em manchete a ascensão do nome do deputado federal Hugo Motta como provável presidente da Câmara Federal, depois de seu presidente de partido, Marco Pereira, “jogar a toalha” na disputa e passar a apoiá-lo.

Feito “fogo de monturo”, a queima da pretensão do 1o Secretário da Câmara se deu mesmo sem querer pela habilidade reconhecida do líder do Republicanos no legislativo, jovem parlamentar com 34 anos apenas, em meio a uma fauna de leões federais a distinguir o deputado federal paraibano pela forma diferenciada de agir nos bastidores.

Hugo Motta, por exemplo, antes de ascender no Republicanos como lider foi testado lá atrás em casos polêmicos, como ter sido relator da CPI da Petrobras no tempo da gestão de Eduardo Cunha saindo-se ileso do complicado caso fruto de sua habilidade.

Só que, a dados da conjuntura, o jovem líder paraibano precisa aferir particularmente os efeitos desta imensa missão porque o atual presidente Arthur Lira e o blocão que lidera têm exigências e/ou pautas bomba a serem mensuradas sabendo que tudo isso se dará diante do presidente habilidoso e experimentado Luiz Inácio Lula da Silva e demais Poderes da República. Em tempo: seu partido, Republicanos, é de linha conservadora.

Tem mais: um pré-requisito importante na conjuntura expressa está o conhecimento amiúde das regras impostas pelo Regimento da Casa, conhecimento esse que fez as gestões de Henrique Alves, Eduardo Cunha e Arthur Lira se imporem nas relações de Poder para dentro e fora da Câmara.

Por exemplo: as questões de restrições constitucionais do STF, assim como os temas ligados às emendas orçamentárias, sem falar da definição das regras sobre BigTechs e das muitas pautas de costume prevendo retrocessos expressivos na sociedade são alguns dos vários e muitos assuntos de impacto na Câmara Federal e,particularmente, na performance de Hugo Motta.

Trocando em miúdos, a ascensão do líder do Republicanos precisa particularmente ser avaliada por ele próprio Hugo para saber se preservar das ciladas inerentes ao cargo de presidente, repito, muito além da vaidade humana, tudo isso imposto pelo saldo de Arthur Lira.

Agora, chegar onde chegou, somente com talento incomum aos habilidosos líderes políticos seria capaz. Eis o resumo da ópera.

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