O último programa eleitoral da campanha para prefeito em João Pessoa – sem contar as inserções no decorrer da programação de ontem – não trouxe nada de extraordinário, mesmo com discurso azedo de candidatos para mudar o rumo da disputa consolidada em torno de Ricardo Coutinho.
Desta feita, o Guia Eleitoral não alterou a projeção contínua da tendência na campanha – pelo menos é o que disseram todas as pesquisas dando Ricardo absoluto.
O Guia não reproduziu, como aconteceu na campanha de Lula, por exemplo, a novidade estética, de conteúdo e de exposição cinematográfica mudando conceitos gerando votos e a vitória do lider Lula diante da competência de Serra – este desprovido de voto pela rejeição acumulada.
De nada adiantou o pau na moleira em RC promovido de forma braba por todos os adversários, especialmente o candidato Fernando Vieira – escalado de última hora para tentar atingir a honra e alterar tendência.
O conjunto dos programas expôs, como conclusão, que neste quesito midiático o maior adversário do Líder, Ruy Carneiro, apresentou no conjunto um Guia mais redondo – mesmo com alguns símbolos / efeitos comuns de outras campanhas editadas pela MIX.
Do ponto-de-vista estético, plástico, programático, estrutural – o Guia de RC não foi o melhor porque o liseu atrapalhou a vida da capaz Antares, que operou milagres.
A impressão que fica é que o histórico de luta de Ricardo somado à quota de rejeição do Governo acabaram servindo de suporte maior, onde sua imagem casou com um querer da cidade de tender a novo comando na Prefeitura.
Além do mais, o PT não reeditou sua pujança, mesmo com a maior das estruturas de todos tempos, tanto que produziu o mais assimilado jingle da campanha.
Em tese, o Guia não alterou a trajetória da disputa porque RC esteve blindado e por ter construido a aura do novo, honesto, movido por um clima de troco ao Governo.
No conjunto, entretanto, o mérito é de Ricardo.
