Sociedade
E se Jesus voltasse agora?
11/09/2024
Eu fico me perguntando como seria o comportamento desses líderes religiosos de extrema-direita, Silas Malafaia, Edir Macedo, Valdemiro Santiago e R. R. Soares, e seus seguidores, se cumprida agora a profecia escrita no versículo Apocalipse 22:12 “Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez”. Ele que retornará à Terra com o brilho de sua humildade, bondade e justiça. Não é bem isso que pregam esses mercadores da fé. Afinal Deus “estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça” (Atos 17:31).
Esses falsos cristãos se utilizam do Evangelho para enganar e ludibriar pessoas de boa-fé, enriquecendo às custa de “dízimos” e doações forçadas, com a promessa de uma vaga no céu. Os adeptos da Teologia da Prosperidade desconhecem que Jesus não propôs riqueza nem prosperidade aos Seus seguidores. Pelo contrário, Ele nos deu uma lição importante quando do encontro com aquele jovem rico, que perdeu a coragem de segui-Lo por causa do dinheiro, afirmou :”‘Se quiseres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me’. E nos alertou: “Cuidado com os falsos profetas! Pelos seus frutos os conhecereis”. (Mt 7,15-16).
Em (Hebreus 13:5) encontramos a recomendação de que os líderes da igreja devem se livrar do amor ao dinheiro. Como prestariam contas de seus atos ao Cristo na sua segunda vinda? A Teologia da Prosperidade aproveita-se de problemas como pobreza, analfabetismo e falta de ética, para alimentar esperanças pessoais com promessas de obtenção de riqueza. Essa contradição bíblica, certamente, será cobrada pelo Cristo redivivo.
Os líderes pentecostais vêem as ações de solidariedade humana, de amparo aos necessitados sem buscar nada em troca, com maus olhos, até porque, a maioria dos fiéis está na pobreza. Eles estão comprometidos com a ideologia da sociedade de consumo, no entendimento de que a pobreza representa falta de fé, desqualificando, assim, qualquer postulação à salvação. Jesus, certamente, veria nessa prática religiosa falta de conteúdo cristão. E o mais grave é vê-los fazendo política partidária, transformando púlpitos dos templos em palanques eleitorais. Isso Jesus não aceitaria.
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