Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Dilma, a performance de RC e perigos em torno de Mota


31/07/2015

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}BRASILIA – O saldo do encontro da presidenta Dilma Rousseff com 25 dos 27 governadores de Estado, em Brasília, ainda hoje repercute mas serviu apenas para atenuar o processo de relacionamento do Executivo Federal com as Federações como um Pacto de governabilidade visando evitar efeitos danosos com a retomada do Congresso Nacional tendo na Câmara um hostil presidente de nome Eduardo Cunha. Mais uma vez, o governador Ricardo Coutinho foi chamado à condição de Porta Voz dos chefes de Executivo do Nordeste – algo que lhe distingue. Nesse bojo nacional há respingos e debates sobre procedimentos da CPI da Petrobrás.

No plano federal, Dilma acertou ao convocar os dramas com os entes federados até porque sem o endosso deles tudo ficaria mais difícil de gerar superação e o diálogo, mesmo sem resultados imediatos de concretos na busca de mais recursos, é sempre o fator basilar na construção de nova fase para o País.

A presidenta precisa e vai estender esta postura de entendimentos com as demais esferas de Poder e de representação da sociedade porque o Brasil não pode continuar mais sendo escravo de uma Pauta negativa bancada pela Oposição, através de setores da Mídia.

RC MAIS UMA VEZ COMO PORTA-VOZ

Independente de condição política ou partidária, mas tem se concretizado efetivamente ao longo do ano de 2015 a performance do governador Ricardo Coutinho como representante do importante conjunto de líderes políticos dos 9 estados nordestinos.

Trocando em miúdos, ele tem se credenciado pela condição de um governador experiente e ousado chefe de Executivo, tanto no quesito dever-de-casa como de líder político na defesa da governabilidade de Dilma em horas difíceis, mesmo sendo do PSB, que na prática no campo nacional joga contra o Governo. Ricardo diverge e se distingue.

A FALA DO PRESIDENTE DA CPI DA PETROBRAS

Brasilia vive um clima esquentado depois que a advogada Beatriz Catta Preta fez declaração no Jornal Nacional, da Rede Globo, assegurando que vinha sofrendo ameaças de integrantes da CPI da Petrobras, o que a fez deixar diversos processos de delatores. O deputado paraibano Hugo Motta saiu com nota à imprensa, dizendo que as declarações da advogada Beatriz Catta Preta são “equivocadas” e “distantes da realidade”.

“Julgamos as declarações da advogada Beatriz Catta Preta como equivocada, distante da realidade e com tentativas de se apresentar como vítima na situação, aproveitando – se das instituições que zelam pela moralidade e aplicabilidade correta das leis brasileiras”, diz a nota.

ONDE O SAPATO APERTA

Hugo Mota é um jovem parlamentar de futuro pelo que se presume diante de seu desempenho. Entretanto, o fato de ter sido indicado pelo presidente Eduardo Cunha o coloca em situação muito desconfortável porque possíveis ações de intimidação de outros deputados à Advogada termina respingando nele pelo papel e missão exercida na CPI.

O deputado não pode ser responsabilizado por problemas de Terceiros, mas precisará ter muito cuidado a partir de agora porque, conforme conversas na Capital Federal, documentos da Lava Jato a serem expostos nos próximos dias deve comprometer mais ainda o frágil (eticamente falando) presidente da Câmara e ele, Hugo Mota, precisa distinguir seu desempenho, solidariedade e preservação de seu histórico porque avalizar “problemão”, como está em torno dele/Eduardo Cunha, é suicídio político para o futuro.

O futuro de Hugo Mota, parlamentar de valor, entretanto, passa por esse saldo de questão.

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“O olho que existe/ é o que vê…”
 


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