Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Debate micassário, fora de época


13/11/2007

Foto: autor desconhecido.

O vereador Flávio Eduardo (Fuba), grande animador cultural da cidade, anda dedicado demasiadamente a um debate que visa, caso haja consentimento dos habitantes, mudar o nome da Capital – de João Pessoa para Parahyba, conforme sua propositura.

São muitos os argumentos particulares de Fuba, entre os quais a inoportunidade de reverenciar a um líder político em meio a diversas outras possibilidades de exaltação ao coletivo, ao invés do particular.

A rigor, Fuba interpreta uma segmentação real existente em setores na cidade querendo mudar o nome por considerar inadequado, como pensa o vereador, por conta do culto ao personalismo.

Data vênia, como dizem os operadores do Direito, a argumentação de Fuba e seguidores poderia até construir mais aliados e até chegar a um plebiscito (este sim, o maior instrumento de aferição) capaz de alterar o que existe desde 1930, que é a referência ao ex-presidente João Pessoa.

Neste momento, entretanto, mais do que entrar no mérito, me insiro na oportunidade. Há em Eclesiastes, portanto menção bíblica, uma referência fatal para a consideração do movimento em curso. Diz assim: “há tempo para tudo”.

Se reparar bem, a tese de Fuba chega numa hora inoportuna porque as urgências da cidade priorizam outros fatores e fatos, tanto que a adesão ao movimento está aquém do que pode mensurar muita gente, hoje, inapetente para assumir esse novo/velho conflito.

A história de agora me faz lembrar uma grande figura paraibana nacional chamada Lindberg Farias. Antes e depois dele na UNE pode até ter passado muita gente capaz, talvez até mais do que ele, mas ninguém esteve na hora certa do Impeachment para levantar uma bandeira nacional em favor da ética na política.

Até hoje ele vive desse4 feito, agora de sua gestão em Nova Iguaçu.

Pois bem, a tese de Fuba não é estaparfudia, mas está fora de tom por isso nem precisaria mudar trechos da estrofe principal do hino do Muriçocas do Miramar, até porque no imaginário das pessoas é Joao Pessoa sem discussão.

Em síntese, o assunto está no momento como peixe fora d’água.


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