Cultura
Afinal, por que baianizar o Folia de Rua deixando outros artistas e o Frevo vizinho de lado?
03/01/2025
A versão 2025 do pré carnaval Folia de Rua, patrimônio imaterial da cidade de João Pessoa, resolveu com as atrações anunciadas para os grandes blocos materializar o significado do que fora lá atrás a Micaroa.
Pelo anunciado da festa, a pluralidade e o vínculo com o Frevo historicamente mais próximo e presente passam distantes do Folia de Rua a exigir reflexões sobre onde o movimento carnavalesco pessoense anda atrofiado porque tudo posto impõe até venda de abadás e, consequentemente, a imposição do cordão de isolamento.
Foi este aspecto de privatizar o projeto que em 1994 excluiu do Folia de Rua diversos blocos alinhados com o modelo baiano, agora retomado sem nenhum esforço simplesmente pela anuência e força do Poder Público. É como se perdêssemos a força da representatividade.
De fato, quando a Via Folia se impôs ano passado em diante com modelo a enfraquecer o movimento da Folia como um todo, era de se esperar essa imposição sem nenhum diálogo com os blocos fora da Epitácio Pessoa. Até o pioneiro Muriçocas do Miramar aderiu com os pés e as mãos.
E AGORA
A Associação Folia de Rua precisa fincar pé em adquirir as condições de se impor com o que resta de articulação para assegurar atrações aos demais blocos e em especial para a abertura no Centro Histórico – agora abalada com a priorização da Epitácio Pessoa.
É preciso reação inteligente e com qualidade no planejamento e execução do que resta, inclusive atraindo o Frevo e seus artistas.
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“Aí que saudade/ dos carnavais dos tempos de outrora”
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