Política
A performance de Lula no Oriente Médio em março de 2010 construindo diálogos com judeus e palestinos negociando com Irã
10/10/2023
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A história se impõe muito mais do que as versões dos fatos históricos atualmente interferindo muito no entendimento real da nova grave crise entre Israel e a Palestina, cuja versão da mídia do Ocidente manipula a abordagem claramente a favor dos israelenses, mesmo diante da condenação pelos atos criminosos do Hamas. A virulência contra palestinos como retaliação também gera crimes de guerra.
![](http://revistanordeste.com.br/wp-content/uploads/2023/10/IMG-20231010-WA0028-300x225.jpg)
Esta síntese serve apenas de ilustração circunstancial para lembrar que, em março de 2010, nós estivemos presentes na Comitiva de Brasileiros na Missão Oficial do presidente Lula a Jerusalém, Palestina e Amã, na Jordânia,num momento de grave crise entre o Irã e os EUA, quando o líder brasileiro conseguiu um acordo com o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad sobre armas nucleares melhor do que propora Obama com apoio da Turquia.
DISCURSO PARA RICOS E POBRES
A propósito, vimos com os olhos que um dia a terra haverá de comer, o presidente Lula repetir em alto e bom som aos judeus ricos do mundo em palestra no KING HOTEL, em Jerusalém, que o Brasil tinha orgulho de ter conduzido através do embaixador Oswaldo Aranha todo processo de criação do Estado de Israel. E se dispunha mais ainda a melhorar as relações diplomáticas.
Ele, contudo, com a moral de quem à época fora chamado de “O Cara” por Barack Obama, disse com todas as letras à extraordinária platéia judaica de bilionários que era chegada a hora de construir definitivamente a paz entre judeus e palestinos, inclusive defendendo a a existência e criação do Estado Palestino na ONU.
No dia seguinte, na reunião com palestinos com direito a jantar no quartel do Autoridade Nacional Palestina após visita ao túmulo de Arafat e encontro num ginásio, Lula foi aclamado pelos presentes por sua firmeza de posição pacifista.
À época que quem articulava entendimentos comerciais com palestinos era o então vice – presidente Michel Temer. Lembro bem do ministro da SECOM à época, Franklin Martins – já ali acompanhando as pesquisas de opinião pública sobre os efeitos de Lula no Brasil e no Oriente Médio.
LULA TAMBÉM LEMBROU A BOLIVIA
O presidente disse ainda que como defensor da ascensão de novos líderes na América do Sul chegou a apoiar Evo Morales para presidente, este que ao vencer a disputa tomou como primeiras decisões nacionalizar as riquezas minerais criando problemas comerciais com a Petrobras, empresas brasileiras e o gás boliviano.
“Lembro que meus adversários defendiam o uso da força, a invasão até da Bolívia, mas passado todo o tempo quero dizer aos senhores que sem guerra e muita negociação hoje retomamos os negócios com a Bolívia de forma multiplicada. Esta é a força do diálogo”, afirmou atraindo palmas.
Em tempo: tudo isto em março de 2010 quando outros veículos de comunicação do Brasil, a exemplo do Correio Brasiliense, também cobriram a viagem de Lula e comitiva ao Oriente Médio, algo também produzido pela Revista NORDESTE.
Eis o resumo de um flagrante histórico.
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