Geral
A nova disputa na UFPB
15/12/2007
Nem mesmo no fim-de-semana o embate político dá trégua ao contexto das disputas nos diversos ambientes do Estado, inclusive na Universidade Federal da Paraíba onde, como se previa, haverá confronto de propostas entre o atual reitorado liderado pelo professor Rômulo Polari e, agora formalmente, diante das candidaturas dos professores Lúcio Flávio e Margareth Formiga.
A informação levada ao conhecimento público pelo portal WSCOM Online confirma apenas o que já era esperado na comunidade universitária até porque faz tempo os atuais diretores do CCHLA e CCS ( Lúcio e Margareth, respectivamente) se manifestavam na contestação ao atual reitorado. O fato de serem dirigentes máximos dos dois maiores centros da UFPB também merece atenção.
Antes de qualquer projeção, se faz indispensável entender quem é quem no processo. Se levar em conta a ultima eleição de Polari, nota-se que hoje Lúcio Flávio se apresenta como dissidente do campo político que já teve em torno dele ( de apoio a Polari) outras figuras de expressão, como Jaldes e Cida Ramos, Múcio Sàtyro, Marcelo Sobral, etc e não estão mais.
Também não há como negar o fato de que Polari atraiu para seu agrupamento político os apoios de ex-candidatos como Luiz Renato e Orlando Villar, todos incorporados à atual gestão da Reitoria da instituição.
Há que se considerar ainda as influências das diretorias do DCE e do Sintesp este último com forte influencia de Luciana, mas também de Edivaldo Rosas devendo ter reflexos no processo sucessório em curso.
Em síntese, as candidaturas de Lucio e Margareth chegam dentro de um escopo político natural, posto que a Universidade sempre promove a contestação como vetor de sua sobrevivência intelectual e política com a impressão externa de que, em tese, eles chegam com desvantagem eleitoral tentando reverter o cenário a partir do debate a se iniciar em janeiro que vem.
É que, inclusive na UFPB, quem está no Poder com os instrumentos de persuasão acaba levando certa vantagem eleitoral pela força da maquina, embora nada seja decididamente já resolvido de véspera só por estes fatores. Mas como são diretores do CCHLA e CCS, maiores centros, vamos ver até onde este servirá de contra-ponto eleitoral à altura.
Os novos candidatos vão precisar apresentar propostas mais convincentes e exeqüíveis ou seja, em condições de transformação em realidade para a comunidade universitária -, porque do ponto-de-vista concreto a administração de Polari tem se esforçado a apresentar resultados expressivos em todos os níveis, embora agora contestados por Margareth e Lucio Flávio de forma sistemática.
A rigor, a partir da nova realidade, vamos precisar examinar e entender os movimentos dos diversos grupos, lideranças e influências dos mais diferentes níveis, quer ideológico, corporativista, partidário (os partidos de esquerda influem, sim) político demais, etc, afora o contexto em si do debate que será exposto na comunidade.
A Oposição a Polari deve exagerar na exposição de alguns vacilos, como foi o Caso da TV Universitária, onde o reitor agiu miúdo com ares de omissão mas, o mais importante será mesmo mensurar a força política de cada agrupamento em disputa e suas propostas concretas para este momento da UFPB e da sociedade paraibana, porque a universidade precisa se envolver mais com o futuro da Paraíba.
Em síntese, se faz indispensável levar muito a sério as novas candidaturas como fomento à construção de uma nova etapa na vida político administrativa da UFPB, seguramente um dos mais importantes patrimônios da nossa sociedade.
Vamos voltar ao tema.
Unimed: outra disputa
Em João Pessoa, começa a chamar a atenção o processo eleitoral na Unimed cooperativa a reunir a experiência mais exitosa do associativismo da Paraíba formada por 1.300 médicos e atualmente presidida pelo anestesiologista Aucelio Gusmão.
Neste domingo, no Clube Médico segundo releases distribuídos, o médico José Eymard será lançando oficialmente candidato de Oposição à presidência da Unimed expondo contestações ao atual modelo de gestão e resultados.
Com este fato, deflagra-se formalmente a disputa intensa, sobretudo nos bastidores, entre importantes lideranças do cooperativismo médico paraibano com repercussão no cenário nacional.
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