A Estratégia já foi compreendida como uma bússola, que direcionava as empresas e mesmo as pessoas rumo a um destino certo, observando as experiências passadas, a vivência do presente e as tendências de mercado, para se mapear as ações necessárias para se alcançar um futuro desejado. Mas, com essa modernidade liquida, conceito do sociólogo polonês Zygmunt Bauman que indica que vivemos tempos em que as relações sociais, econômicas e de produção são fugazes e maleáveis, como os líquidos, precisamos de uma nova compreensão para a estratégia, para que o planejamento estratégico continue sendo uma peça de gestão que contribua com a manutenção da competitividade da organização.

Nesse mundo VUCA ou BANI que vivemos é determinante compreendermos que estratégia é adaptabilidade e para que as organizações vivenciem essa adaptabilidade nos seus planejamentos é necessário estarmos sempre preparados para um Cisne Negro, que é um evento caracterizado por: imprevisibilidade; grandeza de impacto; adaptação para caso de nova ocorrência. Sendo assim, para uma empresa continuar competitiva ela precisa respeitar suas dúvidas muito mais que suas certezas e sempre preferir o terreno a uma construção pronta, o que permitirá maior capacidade de adaptação ante a ambiguidade e as incertezas dessa modernidade liquida que vivemos e cada vez mais potencializada com a revolução tecno operacional provocada pelas tecnologias.

O que é necessário e pode ser feito para uma organização continuar atuando de maneira competitiva em um mercado cada vez mais digital, com toda liquidez que já falamos é estar preparada, vivenciando a mudança constante na gestão, na operação, na produção e no relacionamento com o cliente; é ter liderança e equipes com mind set de crescimento, ambidestros (que é a capacidade de tocar o dia a dia e construir as mudanças necessárias para o futuro).

Essas perspectivas devem permear as ações e os planos de ações advindos do planejamento estratégico. Deve ser orgânico na empresa, só assim ela terá a agilidade necessária para se adaptar. Afinal, mais vale uma organização ágil e superficialmente certa a uma organização lenta e extremamente precisa.

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