Educação
A educação brasileira em risco
08/03/2024
O setor educacional foi violentamente atingido na Câmara Federal ao conduzir o deputado Nikolas Ferreira para a presidência da Comissão de Educação. A polarização ideológica apequenou a nossa casa legislativa federal no trato de um tema de tanta importância estratégica para o país. A ala conservadora dos congressistas fortalece, assim, a sua vinculação a pautas da extrema direita, tais como debates sobre “ideologia de gênero”, gayzismo, ataques ao método Paulo Freire, terraplanismo, revisionismo histórico, banheiro unissex, dentre outros tantos que, propositadamente, objetivam deseducar o povo.
É preocupante ver que a Comissão encarregada de debater as questões relacionadas à educação brasileira passe a ser dirigida por um extremista, alinhado à retórica do negacionismo e da ignorância. Um reacionário declarado, protagonista de episódios burlescos e bizarros no exercício das atividades parlamentares. Essa indicação ultrapassa os limites da irresponsabilidade com efeitos colaterais que podem se tornar irreversíveis na política educacional do Brasil. Uma escolha que demonstra os riscos de que a ação política nacional se torne refém da insanidade.
Quando a educação não é vista como importante, o que podemos esperar como resultado é o estabelecimento de uma tragédia social. Ainda bem que temos um governo que se diferencia dessa postura do parlamento, disposto a enfrentar os desafios educacionais da contemporaneidade, buscando gerar um ensino de qualidade, em todos os níveis. Não é difícil enxergar que essa decisão de colocar na presidência da comissão temática um deputado sem qualquer vínculo com o setor educacional, tem a finalidade de fazer com que as pautas progressistas encaminhadas pelo executivo encontrem dificuldades em obter aprovação. São os inimigos da educação. Para eles continua sendo interessante manter um povo sem cultura.. Essa é uma tática da extrema direita no mundo inteiro, por compreender que a educação é instrumento para a libertação dos homens e das Nações. A ignorância é fonte necessária para a servidão, em prejuízo da necessária educação democrática.
Os deputados que votaram pela eleição de NiKolas Ferreira para a presidência da Comissão da Educação na Câmara Federal, demonstram o interesse em promover a alienação como forma de se perpetuarem na vida política através da geração de pessoas desprovidas de conhecimento. O objetivo é, portanto, usar a comissão como palanque para as eleições deste ano.
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