BRASILIA – Repercute muito, inclusive na Capital Federal, a decisão do Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, de afastar mais uma vez o Padre Luiz Couto das prerrogativas e liturgias na secular e importante Igreja.

{arquivo}Os argumentos de Dom Aldo recaem sobre os mesmos valores defendidos pelo líder católico contrários a que membros da Igreja exerçam concomitante as lides religiosas e político-partidárias ao mesmo tempo.

O que a nota distribuída pelo Arcebispo não expõe é que de fato existe nos bastidores da Igreja Católica um forte enfrentamento entre setores com Dom Aldo Pagotto. É situação antiga e advém do estilo de administrar e do conflito conceitual sobre a igreja, seus membros e a nova ordem vigente.

{arquivo}Na crise atual, contudo, há um elemento publico usado nos argumentos de defesa de Luiz Couto, que é a imagem de Dom Aldo participando de atos públicos de natureza politico – partidário, que foi recente ato da Oposição pedindo o Impeachment de Dilma Rousseff.

Dom Aldo até argumenta que se tratou de manifestação ética, mas não consegue excluir a realidade de que o Impeachment é bancado apenas pela Oposição partidária, ou seja, PSDB, DEM, PPS.

A rigor, a crise tende a se ampliar com resultados imprevisíveis criando uma instabilidade interna na gestão do Arcebispo que enfrenta outros problemas.

Neste caso, só uma máxima do bairro da Torre vingaria: "quando um não quer dois não brigam", mas não é o caso de agora. Além do mais, há que se levar em conta o fato de que Luiz Couto exerce o mandato mais forte na defesa dos direitos humanos, em favor das minorias e é muito respeitado pela postura ética na politica.

Vai ter desdobramentos.