Política

Caso Marielle: Deputado do PT sugere prisão preventiva de Carlos Bolsonaro

Polícia Civil do Rio investiga envolvimento do parlamentar no assassinato da ex-vereadora do Rio, Marielle Franco (PSOL). 


21/11/2019

Na imagem o deputado federal Rogério Correia

Do Brasil 247

 

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) sugeriu a prisão preventiva do vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), após o jornalista Kennedy Alencar afirmar na Rádio CBN que Polícia Civil do Rio trabalha com hipótese nova, de envolvimento do parlamentar no assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL). 

 

“Quando um suspeito de assassinato coage testemunha, porteiro por exemplo, desmancha provas, apagando postagens das redes ou da telefonia da portaria e muda de endereço abandonando o serviço, podendo preparar fuga, não é o caso de preventiva?”, escreveu Correia no Twitter.

 

Uma reportagem de Veja, publicada no início deste mês, revelou o clima de hostilidade entre Carluxo e Marielle. Segundo a matéria, em maio de 2017, um assessor da pessolista andava pelo corredor mostrando o prédio da Câmara de Vereadores a dois amigos. Quando chegou em frente ao gabinete 905, de Carlos, comentou que ali ficava o filho de um deputado “ultraconservador” que beirava o “fascismo”. O vereador ouviu o diálogo, aos berros, começou a discutir. Marielle apareceu para acalmar a situação. Desde então, o filho de Jair Bolsonaro passou a evitar até entrar no elevador se Marielle ou assessores dela estivessem presentes. 

 

As repercussões do caso Marielle voltaram a ganhar destaque no noticiário após o Jornal Nacional divulgar uma reportagem no final do mês passado com novas revelações. De acordo com a matéria, o porteiro do condomínio Vivendas da Barra contou à polícia que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018, Élcio de Queiroz, um dos suspeitos do crime, entrou no local e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. Os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que o então parlamentar estava em Brasília naquele dia. 

 

Segundo a Polícia Civil do Rio, o porteiro que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 (casa de Bolsonaro) não é o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio divulgado por Carlos Bolsonaro.

 

Marielle foi assassinada em março do ano passado. A suspeita é de que o homicídio tenha ligação com o crime organizado. A ex-parlamentar era ativista de direitos humanos e denunciava a violência de policiais contra populações marginalizadas. Ela também chamava a atenção para a atuação de milícias nas favelas. 

 

No dia 14 de março de 2018, o carro conduzido por Élcio de Queiroz onde também estava Ronnie Lessa, de acordo com as investigações, perseguiu o veículo de Marielle por cerca de quatro quilômetros e cometeram o crime em um lugar sem câmeras. 



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