Paraíba
Câmara de Campina Grande rejeita pedido de empréstimo milionário de Bruno para renovar frota de ônibus
02/07/2024
Da Redação / Portal WSCOM
A Câmara Municipal de Campina Grande rejeitou nesta segunda-feira (1º), em sessão extraordinária, o pedido de empréstimo de R$ 61,7 milhões feito pelo prefeito Bruno Cunha Lima (União). A proposta, que obteve 12 votos contrários, tinha como objetivo a aquisição de veículos para a renovação da frota do sistema de transporte público coletivo regular do município. A operação seria realizada com a Caixa Econômica Federal.
A vereadora Jô Oliveira (PCdoB), representante da oposição, criticou a falta de detalhes no projeto, que continha apenas cinco artigos. Segundo ela, os parlamentares não poderiam “conceder um cheque em branco” para o prefeito, uma vez que o destino específico dos recursos não estava claro. “Se inicialmente o projeto era para renovação da frota e depois poderia mudar, seria um cheque que a gente está assinando sem ter a certeza de onde esses recursos seriam aplicados. A bancada entendeu que precisava de esclarecimentos e já não tínhamos tempo hábil”, argumentou.
O superintendente de Transporte e Trânsito de Campina Grande, Vitor Ribeiro, lamentou a rejeição do projeto. Ele destacou que o empréstimo estava alinhado com uma seleção do Governo Federal através do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e não era um projeto exclusivamente da administração municipal. “Campina foi contemplada, assim como João Pessoa. Estamos firmes para renovar a frota da cidade. Não vamos parar aqui, precisamos avançar e dar mais conforto ao povo”, afirmou.
Este seria o terceiro empréstimo solicitado pelo prefeito Bruno Cunha Lima em menos de um ano. Anteriormente, a Prefeitura obteve autorização para um crédito de US$ 52 milhões junto ao Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) e outro de R$ 40 milhões pelo Banco do Brasil. Esses montantes foram destinados a diversas obras, como a revitalização dos canais do Prado e Bodocongó, a despoluição do Açude Velho, a urbanização do Açude de Bodocongó e a construção de um condomínio para empresas de logística e distribuição.
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