Política
Cabo Gilberto e Walber Virgolino admitem prisão de Bolsonaro em “julgamento político”: “O mito se transformará em mártir”
25/03/2025

Anderson Costa e Rafael Andrade / Portal WSCOM
Dois dos principais aliados de Jair Bolsonaro (PL) na Paraíba, os deputados Cabo Gilberto e Walber Virgolino, admitiram ao Portal WSCOM nesta terça-feira (25) que o julgamento em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado em 2022, terminará na condenação e possível prisão do ex-presidente.
Walber Virgolino classificou o processo como um “absurdo jurídico” e atribuiu a ação à motivação política. “É uma decisão política, na verdade, para eliminar Bolsonaro de 2026. Lá na frente, isso tudo vai ser anulado quando o Brasil voltar ao normal e essas pessoas vão pagar pelo que fizeram. Todo mundo já sabe que Bolsonaro vai ser condenado e já subexiste desde que Alexandre de Moraes evocou a investigação para ele”, declarou.
Walber também projetou consequências eleitorais, caso Bolsonaro seja preso, e a saída de Lula nas próximas eleições. “Estão criando um mártir. O mito se transformará no mártir e ele vai eleger quem ele quiser em 2026. Lula está com os dias contados na Presidência da República, nós vamos tirar ele de lá usando o sistema democrático através do voto. O povo não aguenta mais o PT, Lula e seus cupinchas”, disse.
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Cabo Gilberto também apontou o julgamento como político e ilegal. “Independente de você gostar ou não de Bolsonaro, é um julgamento totalmente político, parcial, contrariando todas as normas legais, desrespeitando o devido processo legal e ordenamento jurídico em vigência no Brasil”, afirmou.
Para o parlamentar, o STF é responsável por gerar uma “insegurança jurídica jamais vista em nosso país”. “Primeiro que o presidente era para ser julgado em primeira instância. Segundo que não houve golpe nenhum. Então, é um processo totalmente viciado e nulo de pleno direito”, concluiu.
A denúncia analisada pelo STF envolve Bolsonaro e outros sete acusados, incluindo militares e ex-ministros, e se baseia em supostas ações coordenadas que visavam a ruptura da ordem democrática entre julho de 2021 e janeiro de 2023.
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