O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União), foi à Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (2) para tentar um acordo com os vereadores da oposição sobre a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2024. O gestor chegou de surpresa, no momento em que os parlamentares se preparavam para uma coletiva de imprensa sobre o impasse que se arrasta desde a última sexta-feira (29).

A reunião entre Bruno e os vereadores estava prevista para acontecer às 15h, mas o prefeito decidiu antecipar o encontro e ir ao local onde os parlamentares estavam. Antes, Bruno havia convidado a bancada oposicionista para ir ao seu gabinete, às 10h, mas o convite foi recusado pelos vereadores, que alegaram que o ambiente propício para a discussão era a Casa Legislativa.

A crise política entre o Executivo e o Legislativo se agravou após Bruno não sancionar o orçamento impositivo, aprovado pela Câmara, que prevê a destinação de 1,2% da receita corrente líquida do município para emendas parlamentares. O prefeito alegou que a medida é inconstitucional e que comprometeria a gestão financeira da cidade.

A LOA 2024 estima uma receita de R$ 2.067.890.000,00 para o município, um aumento de cerca de 20% em relação ao orçamento de 2023, que foi de R$ 1.673.890.000,00. A proposta enviada pelo prefeito também prevê uma suplementação de 30% no orçamento, que permite ao gestor remanejar recursos sem autorização da Câmara.